Árbitro de futebol: profissão?

Salvio Spinola
Ex-arbitro FIFA

Esta é uma luta que já dura décadas, o reconhecimento da profissão de árbitro de futebol. Várias categorias protocolaram a intenção de reconhecimento de profissão posterior a dos árbitros e já tiveram êxito. Árbitro de futebol, o projeto sempre parado. Por iniciativa do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), abraçando a causa dos árbitros, o projeto saiu dos arquivos e foi para pauta do Senado, em sessão do dia 16 de maio último, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6.405-A, reconhecendo a profissão de árbitro de futebol. Como houve alterações na Câmara dos Deputados, o projeto retorna ao Senado para nova análise, podendo ser o apito final para a vitória dos árbitros. Muitos vão perguntar: o que muda com este reconhecimento? E os erros de arbitragem vão acabar? Calma, ainda é cedo para falar, mas é o início de uma grande mudança. Os árbitros passam a ter maior representatividade sindical, podem pleitear melhores condições de trabalho, garantia de assistência social e muito mais. É lógico, os erros de arbitragem não vão acabar, mas teremos árbitros mais capazes e com maior isenção para exercer o trabalho pela segurança jurídica da profissão.

Mão intencional
Muitos leitores escreveram esta semana perguntando sobre a mão intencional, e se o jogador do Guarani cometeu pênalti. Na regra fala exclusivamente sobre tocar a bola com a mão de forma intencional, e nada mais. Quem tem que julgar é o árbitro. Em minha opinião, o jogador do Guarani não teve a intenção de colocar a mão na bola. A FIFA orienta aos árbitros: se a bola vai de encontro com a mão, não é intencional, e se a mão vai de encontro com a bola, é intencional.