sexta-feira, 11 de maio de 2012

Copa do governo

Silvia Vinhas
BandSports
Faltando apenas 13 meses para a Copa das Confederações e 25 meses para a Copa do Mundo, o governo brasileiro intervém na preparação e na prática assume, junto com a Fifa, a organização do Mundial de 2014. Essa foi a notícia finalmente necessária para que o Brasil não dê vexame.
A realidade é que o “chute no traseiro” de Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, valeu e reflete um reconhecimento do fracasso dos cartolas na gestão do Mundial. O governo passará a fazer parte do Comitê Organizador Local (COL), pela segunda vez na história. Essa mesma intervenção foi necessária na África do Sul, em uma medida de emergência adotada pela entidade. Isso só ocorre quando há incertezas em relação à capacidade do país-sede em organizar o evento, o que não deixa de ser um “tapa na cara” de uma gestão inoperante e enterra de vez a “Copa privada”, pregada por Ricardo Teixeira, que defendia um comitê sem governo. Mas diferentemente da África do Sul, a Fifa admitiu fracasso no modelo brasileiro. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, continua com o discurso de que não há atrasos e a Fifa admite que em algumas sedes as obras estão dentro do cronograma, mas numa avaliação geral, a urgência de medidas reflete a realidade. Como a aprovação da Lei Geral da Copa, que foi votada a contragosto e aprovada a “toque de caixa” pela Câmara, e bate de frente com o indefinido impasse da permissão de bebidas alcoólicas nos estádios.
Sabe aquela máxima de que “no final dá tudo certo e que se ainda não deu certo é porque não chegamos no final?... Pois é. A foto estampada em todos os jornais com Ronaldo, Bebeto, Blatter, e os agora super amigos Jerome Valcke e Aldo Rebelo, que até bateram uma bolinha na Suiça, nos enche de esperança...
O Brasil vai dar um show... tudo de última hora... mas esse é o nosso jeito de fazer as coisas!

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