Silvia Vinhas BandSports |
Nesta
semana entrevistei Bia Figueiredo, nossa representante na Fórmula Indy. Bia
correu na Indy São Paulo 300, no Anhembi e tem participação certa nas 500
milhas de Indianápolis, no próximo dia 27 de maio. Está na equipe de Michael Andretti,
filho de Mario Andretti, uma das maiores lendas do automobilismo dos Estados
Unidos, e um dos poucos pilotos americanos a obter sucesso também no exterior:
foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1978. Só pelo currículo de ser escolhida
por essa família que respira velocidade, Bia já pode comemorar. Entre tantos
novos pilotos que surgem a cada ano, ser a grande aposta da família Andretti já
é uma vitória. Envolvida com o automobilismo desde 1994, quando começou a
correr de kart, Bia Figueiredo, ou Ana Beatriz, como é conhecida nos Estados
Unidos, ostenta a marca de ser a única mulher a conquistar uma vitória na Indy
Lights, torneio de acesso à Izod Indycar Series. A Indy é a categoria Top que
mais abriga piloto mulheres, e isso deve-se com certeza ao fato de que as
mulheres venceram o bloqueio do preconceito. Foi surpreendente o momento em que
Bia declarou que o único lugar onde sente o modelo machista e as brincadeiras
antigas das “mulheres ao volante” é aqui no Brasil. Só em nosso país ainda se
levanta a questão de como os pilotos se sentem ao serem ultrapassados por ela.
Quem
já teve o privilégio de acompanhar as
500 milhas de Indianápolis, o templo sagrado e cobiçado por qualquer piloto do
mundo, assim como eu sabe a imponência desse lugar. Imagine a energia de um
público de 500 mil pessoas em um só evento esportivo? Imagine nossa Bia no
cockpit, segurando o volante com garra, disputando milésimos de segundos com
mais 32 pilotos, na maior corrida de todos os tempos?Que me desculpem os machistas de plantão... mas é preciso muita coragem...e isso, a Bia tem de sobra!
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