sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Escolas aumentam mensalidade acima da inflação

Nesta época do ano começam a chegar à casa dos pais os boletos com os novos valores das mensalidades da escola dos filhos para 2012. Uma pesquisa realizada pela revista Veja em 32 colégios da Capital mostra que 31 deles, o equivalente a 97% da mostra, subiram os preços acima da inflação acumulada prevista para este ano, de 6,5%, segundo o índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
A entidade das empresas do setor, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), já recomendava a seus filiados um aumento de 8% a 12%. Muitos, porém, estão bem além dessa faixa, como é o caso da Escola Waldorf  Francisco de Assis, na Zona Norte, com uma taxa de 23,3% de reajuste para uma parcela do ensino fundamental.
Devido a esse cenário, os protestos começaram a ganhar uma proporção inédita.
Instituições da nossa região
O Colégio Porto Seguro, por exemplo, com unidades na Zona Sul e na cidade de Valinhos, no interior Paulista, recebeu recentemente um abaixo-assinado no qual quase 2000 pais pedem acesso às suas planilhas de custos e questionam a elevação de 13,6% a 19,3% para o próximo ano, de acordo com o nível de ensino.
A direção do Porto Seguro, porém, após receberem os pais para uma reunião, respondeu que não voltaria atrás com a decisão. Como não há uma regra que regule os preços de serviços relacionados à educação, a definição de valores sempre é um fator de stress entre pais e escolas. Não existe um número mágico, visto que cada estabelecimento tem sua realidade particular”, afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp.
A Escola da Vila, com unidades no Butantã e no Morumbi, subiu as mensalidades em 12,9%  como argumento da renegociação do aluguel de seus espaços, dos acréscimos dos planos Jockey Club de São Paulo Av. Lineu de Paula Machado, 1075 - Cidade Jardim, São Paulo - SP
 de saúde dos funcionários e do aumento do salário dos professores.
Outras unidades
Por outro lado, um dos mais conhecidos colégios da Zona Oeste, o Palmares, procedeu dessa forma, apertando os cintos. Resultado: vai custar apenas 7% mais caro, apesar de ser uma das instituições de ensino da cidade que melhor pagam seus professores.
Outro que seguiu esse caminho foi o Sano Américo, no Morumbi, cujos reajustes não ultrapassaram a casa de 6% em 2010, 2011 e 2012.  
Colégio Albert Sabin (Butantã – 12%); Colégio Bandeirantes (Vila Mariana - 10%); Colégio Dante Alighieri (Jardins - 10,8%);  Colégio Pentágono (Perdizes – 11,9%); Colégio Rio Branco (Higienópolis – 10%); Escola Pueri Domus – 10,1%).   
O primeiro caminho para tentar achar um ponto de equilíbrio entre as necessidades das escolas e as possibilidades das famílias é o diálogo. Uma lei garante aos pais o direito de analisar as planilhas de custos dos colégios.
“Isso é importante para checar se há realmente uma relação entre a elevação de preços e as melhorias anunciadas”, aponta Leila Cordeiro, assessora técnica do Procon-SP.

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