sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Obras atrasadas tornam enchentes inevitáveis

Rua Fradique Coutinho vista a partir de janela, piscinão pode conter enchentes
Com a chegada do mês de novembro, os moradores das regiões de Pinheiros, Butantã e Lapa já começam a se preocupar quando se formam chuvas escuras no céu. O receio é justificado pelas enchentes, comuns nessa época do ano, sendo agravadas devido ao atraso de obras dos governos municipal e estadual.
Em Pinheiros, mas precisamente no bairro do Jardim das Bandeiras, a Prefeitura de São Paulo prevê a construção de um piscinão, nas praças General Oliveira Álvares e Jaques Bellange, ao custo de R$ 25 milhões.
Mas a obra ainda precisa de uma licença ambiental para ser executada, pois moradores locais conseguiram congelar a obra na Justiça, sob alegação de prováveis impactos urbanísticos no entorno, caso o projeto seja executado. Como alternativa, eles defendem a reforma de um antigo sistema de galerias, com ligação direta ao Rio Pinheiros.
Enquanto nenhuma das intervenções se inicia de fato, o Jardim das Bandeiras e os bairros vizinhos, Vila Madalena e Pinheiros, sofrem com frequentes alagamentos nas ruas Girassol, Joaquim Antunes e Fradique Coutinho.
Na Lapa, as chuvas marcam presença no cruzamento das avenidas Pompeia e Francisco Matarazzo. Há cerca de dez anos, a Prefeitura pretendia construir um piscinão na região por meio de recursos da Operação Urbana Água Branca.
Porém, como o reservatório foi considerado caro demais, optou-se pela ampliação das galerias dos córregos Água Preta e Sumaré, que devem ficar prontas somente em 2014, ao custo de R$ 90 milhões. Até o projeto ser concluído, uma praça antienchente de 14 mil m2 será implantada na Rua Turiaçu, próximo do encontro das duas avenidas.
Já no bairro da Vila Pirajuçara, região do Butantã, o problema acontece em áreas residenciais próximas do Córrego Pirajuçara. Para se prevenir dos alagamentos, moradores resolveram se mobilizar, criando um grupo de alerta, que conta até com sirenes para avisar a vizinhança sobre prováveis alagamentos. 
Para conter a fúria do córrego, a administração municipal planeja a construção de um piscinão, orçado em R$ 55,5 milhões. Porém, deste valor, apenas R$ 1,6 milhões foram investidos até hoje.
As enchentes no Butantã acontecem também na Rua Romão Gomes, próxima da Marginal do Pinheiros. No feriado do último dia 15, moradores ficaram ilhados em suas casas, pois a água das chuvas que subiu cerca de 40 centímetros.

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