Associação de Magistrados Federais:
Suspeita de fraudes
A Ajufer (Associação dos Juízes Federias da 1ª Região), com sede em Brasília, está sendo investigada pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Corregedoria do Tribunal Regional Federal, por contrair dívida de R$ 23 milhões, envolvendo nomes de 235 magistrados que teriam sido usados indevidamente em contratos fictícios.
A Ajufer é a associação que representa os juízes federais da 1ª Região que abrange 13 estados mais o Distrito Federal, onde fica sua sede. A corregedora nacional da Justiça, Eliana Calmon, afastou no dia 11 último, o presidente da Ajufer, juiz Moacir Ferreira Ramos. Moacir também está sendo investigado pelo CNJ por sua atuação no período em que manteve convênio com a Poupex – Fundação Habitacional do Exército -, instituição do Sistema Financeiro de Habitação que mantém convênios com vários tribunais no País.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, em reportagem de Frederico Vasconcelos, o juiz afastado da Ajufer, Moacir Ferreira Ramos, por intermédio de sua assessoria, declarou que “Não me servia, não lancei mão desse dinheiro”. O juiz também nega que tenha utilizado dados pessoais de outros magistrados. “Infelizmente, houve uma irregularidade, já estou pagando por isso”, afirmou Moacir à Folha, por telefone.
Por outro lado, ultimamente outras irregularidades têm surgido, denunciadas pelo CNJ, muitas delas, acreditamos, por ignorância administrativa, o que seria o caso dos Tribunais de Justiça do país não contratar bacharéis em administração pública para gerir entidades como esta e outras que, volta e meia, surgem em denúncias nos tribunais regionais e outros.
Diante dessas e de outras irregularidades, ouvimos um ex-juiz federal que, por motivos óbvios, nos pediu para seu nome não ser mencionado. Eis o que ele disse: “Os tribunais em geral, geridos por magistrados que não são bacharéis em administração pública, erram por ignorância, e comprometem a classe. Seria o caso, prossegue, contratarem bacharéis em administração e até bacharéis de empresas”, concluiu.
Gaston Bonnet
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