Sílvia Vinhas BandSports |
SIM, A MULHER PODE!
Antes da queda do regime do Talibã, em 2001, as mulheres do Afeganistão eram proibidas de frequentar campos de futebol e de praticar esporte. Nesta semana a equipe de futebol feminino do país, com a torcida dos soldados da OTAN, teve a oportunidade de jogar, pela primeira vez, contra um time organizado para representar a força internacional de assistência à segurança. A partida mostra o poder que o futebol tem de derrubar barreiras nacionais, culturais e religiosas. O jogo acontece em meio ao incrível preconceito que ainda sofrem as mulheres afegãs surpreendendo as parcelas conservadoras da sociedade. E esse avanço estende-se a outros esportes, como atletismo e o boxe.
No Brasil, mesmo com todas as dificuldades de vida de nossas atletas, nada é parecido com o cerceamento da liberdade que mulheres no mundo inteiro sofrem. Na política, a cada dia, acompanhamos mais e mais mulheres sendo eleitas para todos os tipos de cargos. A confiança de poder dado às mulheres é uma vitoria valiosa num mundo onde muitas ainda são apedrejadas e maltratadas a exaustão. Com o primeiro pronunciamento da presidente eleita Dilma Roussef, de que sim, a mulher pode, uma nova reflexão deve ser feita. Até que ponto podemos ir? O pedido de Dilma para que alertemos nossas meninas chega a ser pragmático. Desde cargos públicos, até a astronauta da NASA, nada é impossível. No esporte, vamos tentar garimpar nossas meninas talentosas espalhadas por lugares muitas vezes inacessíveis aos sonhos, para que brilhem e lutem por um país que será sede das olimpíadas em 2016, mas principalmente que brilhem e lutem por elas mesmas.
Sou mãe de menina. Luto por ela e por mim.
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