sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Politica | Falta de Sinergia


Aurelio Miguel
Vereador SP
FALTA DE SINERGIA ENTRE ESTADO E
MUNICIPIO CONTRIBUI PARA ENCHENTES

A capital paulista convive com situações nas quais a solução é simples e complicada ao mesmo tempo. Não há, por exemplo, nenhuma dificuldade especial em se manter limpo o canteiro central de uma via. Mas as coisas se tornam mais difíceis quando essa via é uma estrada estadual que ‘invade’ a nossa cidade, caso da Rodovia  Raposo Tavares. A responsabilidade sobre ela, do quilômetro 10 ao 34, é do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER). Como Estado e Município não conversam, os problemas se acumulam. Ou seja, o lixo se avoluma, o mato cresce, além do acúmulo de galhos e folhas. Todo esse material vai terminar no esgoto, nas vias pluviais que, entupidas, acabam contribuindo para as enchentes que abalam o cidadão paulistano.
A falta de sinergia entre as duas administrações, em que pese serem aliadas politicamente, tem causado muitos problemas aos moradores de São Paulo. Esse que aponto agora é apenas um deles. Grave, pois estamos às vésperas da época das chuvas e o que teremos pela frente já se pode antever. Mas em áreas como trânsito, transporte, saúde, segurança e educação, setores em que a ação conjunta é necessária, ainda há muito o que fazer.
No sentido de contribuir para uma solução estou encaminhando à Subprefeitura do Butantã ofício solicitando que as autoridades municipais busquem junto ao DER iniciativas para resolver essa questão. Não podemos, sob pena de graves prejuízos futuros, ficarmos de braços cruzados diante dessa calamidade. Vivemos em uma cidade cuja estrutura é frágil, delicada e que ao menor descuido pode gerar o caos. Assim é com essa questão do lixo e entulho tratado com relapso pelas autoridades públicas. E esse caso não é exclusividade da Raposo Tavares, pois pode ser notada em toda São Paulo.
Alfredo Volpi
No último final de semana estive no Parque Alfredo Volpi (Bosque do Morumbi), no Morumbi, espaço que freqüento desde a minha infância. No local, fui abordado por freqüentadores que questionaram a interdição do estacionamento que funciona há mais de 40 anos naquela área pública. Em contato com o administrador do parque, fui informado que a Secretaria do Verde e do Meio-Ambiente está recuperando as raízes das árvores ali plantadas. Com a medida, muitos adeptos de caminhadas e corridas que se dirigiam ao parque com seus carros, estacionando ali com segurança, agora precisam parar em ruas distantes. Mãe de três crianças pequenas, uma frequentadora se disse praticamente impossibilitada de levar seus filhos ao parque por não se sentir segura nesta nova condição. Sem dúvida, a questão ambiental e as iniciativas culturais que estão sendo pensadas para o Bosque do Morumbi serão sempre muito bem-vindas (ainda lembro dos concertos de música que aconteciam aos domingos), mas os órgãos do governo precisam de maior agilidade na resolução de problemas menos complexos como este citado acima. O ambiente merece respeito. O cidadão idem. É função do administrador da cidade atender a ambos.

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