Sílvia Vinhas BandSports |
A INCERTEZA DOS LIDERES
Falar de liderança é mexer em um tema complexo que abrange todos os segmentos. Após exercermos nossa cidadania no último domingo, fica a pergunta: o que esperar de um líder? Um país que elege o palhaço Tiririca mostra o retrato da realidade brasileira. Estamos à deriva. O povo grita sua indignação frente aos líderes forjados. Manda também outro recado simplesmente ignorando antigas lideranças que pareciam "grudadas" em suas cadeiras.
E se houvessem eleições no esporte? E se o povo brasileiro, as torcidas organizadas e fanáticas pudessem escolher seus líderes? Será que alguns cartolas e técnicos emplacariam? Continuariam "grudados" em suas cadeiras?
Com certeza teríamos muitas surpresas. As decisões tomadas em nome do esporte nacional por uma minoria que, às vezes me parece parou no tempo, seriam questionadas.
O que não entendo é a passividade, tanto do povo brasileiro em relação a seus políticos como dos torcedores com seus clubes. O político troca de legenda ou domicílio eleitoral e melhora? O técnico afunda um time, é mandado embora e surge como o grande salvador de outro time? Estava ruim lá e melhora aqui? Estou a 20 anos no esporte e nunca entendi isso. A cultura, totalmente brasileira de que se o time vai mal a culpa é do técnico é piada. No mundo do futebol sabemos que quem ganha jogo é o grupo. Estratégia, treinamento, claro, o trabalho é importante, mas o que vale mesmo é o comprometimento e a bola rolando.
A incerteza dos líderes tanto na política quanto no futebol nos leva à reflexão: está em nossas mãos mudar o destino das coisas. Colocar a possibilidade de um futuro melhor do país ou do futebol nas mãos de alguém é transferir uma responsabilidade que é nossa. Pleitear nossos direitos é mais que um dever.
Nenhum comentário:
Postar um comentário