Sílvia Vinhas BandSports |
O sonho ainda não acabou
Foi a primeira vez, desde 1990, que o Basquete Feminino do Brasil não conseguiu avançar às quartas de final num Mundial. Parou na muralha das anfitriãs, a Republica Checa. Segundo as jogadoras, o problema para o baixo desempenho, foi a falta de entrosamento no início do torneio, refletido na derrota para a Coréia do Sul, logo na estréia.
Segundo o técnico Carlos Colinas, contratado em março, não houve a atenção necessária em momentos importantes. Campeã mundial na Austrália em 1994 e medalha de bronze nos jogos Olímpicos de Sidney, a veterana Helen também admitiu o rendimento abaixo do esperado na Republica Checa. Por outro lado, ela manifestou confiança no futuro do elenco brasileiro.
Fiquei muito triste com o resultado decepcionante das nossas meninas, muito mais pelo trabalho árduo da ex jogadora Hortência, hoje a frente da Confederação Brasileira. Acredito muito nesse grupo e no que está sendo desenvolvido. Essa gestão está preocupada com o futuro do basquete, diferente da anterior, da qual estamos colhendo os frutos agora. Toda uma implantação e grande investimento nas categorias de base está sendo feito.
Acredito na determinação de Hortência que arregaçou as mangas e apostou toda sua experiência num basquete a longo prazo. Levou novos talentos para intercâmbio nos EUA, saiu pelo Brasil organizando "peneiras" e garimpando atletas, ousou trazer um técnico especialista nas categorias de base, administrou brilhantemente o ego de grandes estrelas, mexeu com o brio, com a vontade, com a confiança. E foi justamente essa confiança que faltou. Tempo para unir o grupo e trabalhar o psicológico, o que na minha opinião, faz a diferença.
Hortência sempre me passa otimismo com a vida, com seus posicionamentos cheios de vibração e energia. Ela é a maestra de uma nova geração que deve ser muito bem preparada para os próximos anos. Londres e depois Brasil. O sonho não acabou.
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