Anualmente, o Ministério da Saúde faz do último domingo do mês de janeiro o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase (29 de janeiro).
De acordo com o Ministério, em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como estratégia global a detecção precoce de casos e garantia de oferta de tratamento com poliquimioterapia (PQT), que combina três medicamentos antibióticos e é fornecido gratuitamente pelo governo brasileiro.
Ainda assim, existem novos casos da doença e a discriminação também persiste. A doença tem cura, mas é preciso realizar o diagnóstico corretamente.
A hanseníase é uma infecção causada por um bacilo descoberto em 1873 na Noruega, pelo médico Amaneur Hansen. Diz-se que é uma das doenças mais antigas de que se tem notícia: as referências mais remotas são de 600 anos antes de Cristo.
O preconceito também vem de longe. Por muitos e muitos anos, pessoas acometidas pela doença eram excluídas do convívio social. Derrubar o preconceito e reduzir o número de casos ainda é uma necessidade em países como o Brasil.
Iniciando rapidamente o tratamento, evitam-se quaisquer sequelas graves, como úlceras e deformidades, especialmente nas mãos e nos pés.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são manchas mais claras em qualquer área da pele, com adormecimento na área das manchas que, com o decorrer do tempo, pode atingir as extremidades, levando a amputações espontâneas.
Esse adormecimento ocorre pela diminuição da sensação de dor, pois o bacilo acomete os nervos. Essas são as manifestações mais comuns: primeiro, perde-se a sensibilidade térmica e por fim, o paciente perde totalmente a dor.
A transmissão de pessoa para pessoa ocorre pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros). O bacilo causador da doença tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas adoecem. A maioria consegue se defender naturalmente contra o bacilo.
O tratamento, conhecido como poliquimioterapia, combina o uso de três medicamentos antibióticos e é fornecido gratuitamente pelo governo. Logo que a pessoa doente inicia o tratamento, ela deixa de transmitir a doença, por isso não há necessidade de mantê-la isolada, afastada do trabalho ou de suas atividades cotidianas.
Christiana Blattner é médica dermatologista e diretora técnica da Dermatolaser
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