sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pirataria na Internet

Silvio Pereira
Consultor
A Pirataria é um termo antigo usado na informática antes mesmo da existência da Internet, sempre foi utilizado para definir o uso de um produto não autorizado pelo produtor infringindo os direitos legais e autorais. Precisamos tomar alguns cuidados no uso deste termo, pois ele pode definir também a conivência ou não da compra ou uso por um usuário de um produto de forma ilegal. Existem dois cenários muitos diferentes que são quando o comprador tem plena consciência da compra de um produto ilegal ou quando este está sendo enganado, pois a semelhança do ilegal ou legal para um leigo pode ser muito tênue.
Esta semana o governo americano esta querendo passar a responsabilidade da pirataria veiculada na internet para os provedores de conteúdo, enquanto esta informação é alimentada por bilhões de pessoas pelo mundo ao mesmo tempo.  É impossível monitorar 100% on-line a informação armazenada, fazendo mais sentido, e isto já acontece, retirar a informação em um tempo curto quando o provedor é comunicado ou percebe que fere alguma legalidade.
Um exemplo clássico de que esta lei não irá funcionar é o caso do PHISHING, proibido por lei em todo mundo e corresponde hoje a uma das maiores fraudes na internet, pois o usuário tem certeza de estar no site do seu banco ou do seu programa de milhagens e passa as informações para estes fraudadores. Na maioria das vezes estes fraudadores se aproveitam de maquinas de usuários que possuem vulnerabilidades e implantam falsos sites e que depois recuperam as informações armazenadas, como usuários, senhas e códigos de acesso e por esta lei estes usuários leigos e com maquinas desatualizadas ou sem nenhuma proteção poderão também ser punidos.
Passar a responsabilidade para o provedor de conteúdo em monitorar todos os dados postados pelos usuários do mundo inteiro é no mínimo cômico, infringe sigilo de informações e faz a internet voltar à velocidade do som e não mais a da luz como é hoje. O governo tem que se preocupar em criar uma tecnologia de autenticação eletrônica que possa identificar a verdadeira identidade do usuário e puni-lo pelo crime cometido e não passar o crime para o provedor de dados.
Se precisarem de esclarecimento ou tiverem alguma duvida sobre esta matéria ou qualquer assunto sobre informática, acessem o nosso blog em: http://grupo1info.blogspot.com.
Sílvio Pereira, engenheiro, pós-graduado no ITA em Segurança da Informação, Consultor especializado em Segurança da Informação, Virtualização e Cloud Computing. E-mail: spereira@gn2.com.br

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