Até o final de julho, o bairro do Brooklin poderá ganhar uma rota especial para bicicletas, a ser implantada nas pistas onde circulam veículos comuns. O circuito funcionará todos os dias da semana e será identificado por meio de placas de advertência e pinturas no asfalto, a fim de alertar os motoristas sobre o tráfego preferencial aos ciclistas.
Além de incentivar os paulistanos a utilizarem a bicicleta como meio de transporte, a medida tem como objetivo reforçar a exigência do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê a circulação preferencial de ciclistas em vias urbanas. No caso da ciclorrota, como será batizado o trajeto no Brooklin, o espaço viário será compartilhado com os demais veículos, assim como determina a legislação.
O percurso da ciclorrota terá as avenidas Vicente Rao, Santo Amaro e Jornalista Roberto Marinho como eixo principal, ligando os parques do Cordeiro e Severo Gomes, além do Clube Hípico de Santo Amaro. Também serão incluídas no trajeto as avenidas Professor Rubens Gomes de Sousa e Roque Petroni Júnior, e as ruas Elias Zarzur, Américo Brasiliense, Pires de Oliveira e Pascoal País. As vias já fazem parte do projeto definitivo da Secretaria Municipal de Transportes.
Mudanças na lei das bicicletas
A Lei 14.266/2008 do Município, que estabelece normas e direitos aos ciclistas, poderá receber novos itens por meio de um projeto de lei. A proposta prevê o transporte de bicicletas dobráveis em trem, metrô e ônibus, ampliação dos tipos de estabelecimentos que devem reservar áreas para estacionamentos de bicicletas, implantação de penalidades para casos de desrespeito ao ciclista e implantação de um Conselho Municipal de Melhoramentos Cicloviários, formado por representantes da sociedade civil. Uma audiência pública a respeito do projeto deve ser realizada na Câmara Municipal em breve, onde tem apoio do vereador Chico Macena (PT).
Ciclovia da Eliseu não sai do papel
Apesar do anúncio da ciclorrota no Brooklin e de aditivos na lei sobre a regulamentação do uso de bicicletas, as principais ciclovias da cidade ainda permanecem na gaveta da Prefeitura. Um dos casos mais emblemáticos é o da Avenida Eliseu de Almeida, onde está previsto um percurso de 15 quilômetros, o mais extenso da Capital. A estimativa de entrega do sistema era o segundo semestre do ano passado, porém, nada foi feito até hoje. A implantação da ciclovia ainda depende de um estudo técnico da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), sem prazo de conclusão.
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