Rios e córregos que cortam a Região Metropolitana de São Paulo não vêm recebendo os devidos cuidados da Prefeitura, com isso quase metade dos córregos que têm parte de suas águas direcionada aos 20 piscinões da capital paulista está tomado por lixo, mato e entulho.
Como temos noticiado em diversas edições do nosso jornal, as condições dos rios que cortam a cidade de São Paulo é lamentável devido a irresponsabilidade de empresas como a Sabesp, que despeja esgoto in natura sem tratamento, contribuindo ainda mais para a poluição do meio ambiente.
O professor aposentado de Hidrologia da Universidade de São Paulo (USP) Júlio Cerqueira Cesar Neto afirma que não adianta os piscinões estarem limpos, se os córregos que chegam a eles permanecem sem manutenção. “Pode ocorrer de o córrego transbordar antes de a água chegar ao reservatório. É importante que todo o sistema seja bem cuidado”, alerta.
Marcelo Rosenberg, engenheiro hidráulico conselheiro do Instituto de Engenharia, diz que resíduos de grande porte, como pneus e móveis jogados em rios, formam uma espécie de barragem, o que dificulta a passagem da água e causa enchente. Ele afirma que a limpeza e o desassoreamento precisam ser feitos permanentemente para que os córregos tenham sempre uma boa capacidade de vazão.
Segundo a Prefeitura, para este ano, as 31 subprefeituras juntas têm R$ 118,73 milhões para cuidar da limpeza e galerias, conforme consulta feita pelo Orçamento. Até 6 de junho, última atualização online, foram gastos R$ 49 milhões, ou 41%.
A Prefeitura está tomando as providências necessárias para controle do problema. E a Sabesp, o que tem feito em prol da população, além de cobrar serviços que não realiza e aumentar as tarifas na conta de água?
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