sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um Sonho ou um Mito – Steve Jobs

Silvio Pereira
Consultor
Desde a minha juventude acompanho o mercado de informática de perto. Lembro-me que o primeiro microcomputador que usei era um Apple II. A linguagem Basic e os programas que passei dias executando eram desafios para o meu pensamento lógico e naquele momento nunca imaginaria que num curto espaço de tempo, uma pessoa normal, como Steve Jobs, criaria uma interface de fácil uso e ajudaria a integrar todas as pessoas do planeta.
Iniciei a minha carreira nesta área em 1984 e os equipamentos possuíam uma interface texto de difícil utilização. Os grandes softwares da época eram os processadores de texto WordStar e a planilha de cálculo Visicalc. O sonho começou quando conheci uma maquina fantástica, nunca antes imaginada chamada Apple Macintosh. A interface gráfica construída pelo gênio da Apple, Steve Jobs, e sua equipe inspirada na tecnologia da Xerox revolucionaria este mercado. A saída de Jobs da Apple coincidiu com o inicio da reserva de mercado no Brasil em 1985 que durou até 1991 impossibilitando a maioria dos brasileiros criarem uma cultura Apple mais naturalmente. Os PCs que eram construídos no Brasil tinham projetos 100% internacionais e ficariam nas nossas lembranças infelizmente impostas. Com a abertura do mercado tive a oportunidade de trabalhar no primeiro distribuidor Apple no Brasil (Compusource) e voltar a me encantar com estes equipamentos que permitiram a Microsoft lançar um sistema operacional gráfico olhando sempre para a Apple como a sua inspiração. O gênio da Apple Jobs voltaria em 1996 e transformaria a empresa novamente até hoje com as suas ideias inovadoras.
Nunca me esquecerei do vídeo de lançamento da Apple em 1984 sobre o Macintosh que foram passados nos intervalos da final do Super Bowl, que cutucavam a IBM e lembrava o grande livro 1984 de George Orwell, vale a pena recordar veja abaixo:

Parabéns para este gênio chamado Steve Jobs e tenho certeza que os amantes da Apple, como eu, torcem pela sua total recuperação e participação ativa.
Li uma definição muito interessante e gostaria de finalizar dizendo: “O sonho esta para o individuo como o mito esta para o coletivo”.
Se precisar de esclarecimento ou tiver alguma duvida sobre esta matéria ou qualquer assunto sobre informática, faça o seu comentário abaixo.
Sílvio Pereira, engenheiro, pós-graduado no ITA em Segurança da Informação, Consultor especializado em Segurança da Informação, Virtualização e Cloud Computing. E-mail: spereira@gn2.com.br

Seleção Sub-20 é a Seleção do Pan

Silvia Vinhas
BandSports
A Seleção Brasileira Sub-20, campeã mundial na Colômbia, representará o Brasil nos Jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, de 14 a 30 de outubro. O vitorioso técnico Ney Franco continuará à frente da equipe. Coadjuvantes em seus clubes, essa nova geração de atletas que enfrentou bravamente a seleção de Portugal na final chama a atenção de Mano Menezes também na seleção principal.
Mano já relacionou o lateral Danilo, do Santos, para o amistoso de 5 de setembro contra Gana, em Londres. Um dos alvos do treinador, é o atacante Henrique, do São Paulo, artilheiro do Mundial, com 5 gols, e eleito o melhor jogador da competição. O técnico também deve dar oportunidades nos próximos meses a pelo menos outros três atletas: o goleiro Gabriel, do Cruzeiro, o volante Casemiro, do São Paulo, e o meia-atacante Oscar, do Internacional, grande nome da decisão do Mundial, autor dos três gols do Brasil. Phillippe Coutinho, da Inter de Milão, que já esteve no time de cima, também está de volta aos planos de Mano Menezes.
Desejo muita sorte a essa nova geração. Nos últimos anos, porém, a velha máxima de que  “em torneios de base é melhor revelar jogadores do que ganhar títulos” vem sendo contrariada. Pelo menos 80% das promessas que se destacaram no torneio, não vingaram na carreira.
Só para citar alguns exemplos:  Caio Ribeiro, hoje comentarista, melhor jogador em 1995, foi vendido para a Inter de Milão como craque, porém poucas vezes se firmou como titular nos clubes em que jogou.  O Brasil foi campeão do Mundial Sub-20 em 1993, com jogadores que tiveram grande futuro, como Dida e Jardel. Mas o Bola de Ouro da competição, Adriano foi vendido para o futebol suíço e esquecido em clubes menores. Catê, outro que brilhou em 93, integrante do famoso “expressinho” de juniores do São Paulo que revelou nomes como Rogério Ceni, Denilson, Juninho Paulista e até de Muricy Ramalho como treinador, nunca passou de uma promessa. E outros nomes como Perdigão, promessa em 1977, Fabio Bilica, titular das copas de 2006 e 2010, e  Alan Kardec, camisa 9 e artilheiro da Sub-20 em 2009, que não conseguiu se firmar em nenhuma equipe desde que deixou o Vasco.
Com a abertura dos novos mercados, esses garotos Sub-20 tem muita chance de jogar nos países emergentes do futebol e mudar essa história que mais parece uma “maldição”. Negociações milionárias de estrelas como a ida do camaronês Samoel Eto’o para o futebol russo abrem fronteiras inimagináveis…
Não há garantia de sucesso na carreira, mas o voo pode ser bem mais alto…e bem-sucedido.
Silvia Vinhas é apresentadora dos programas Magazine e Opinião Livre, dos canais Bandsports e TV UNIP, respectivamente.

Recapeamento da Avenida Faria Lima

Apesar dos recentes serviços de recapeamento realizados na Avenida Brigadeiro Faria Lima, alguns trechos da via ainda apresentam problemas, principalmente nos próximos ao Shopping Iguatemi e Esporte Clube Pinheiros, nos dois sentidos. Os motoristas que passam pelo local reclamam de buracos e ondulações, que danificam a suspensão dos veículos.
No início do ano, a Prefeitura de São Paulo anunciou o recapeamento da via no trecho entre a Rua Amauri e a Avenida Cidade Jardim, conforme foi executado posteriormente. Porém, a população questiona a qualidade do material utilizado no trabalho, visto que o pavimento teve sua condição de tráfego comprometida em curto espaço de tempo. Há algumas semanas o serviço também foi realizado na confluência da Faria Lima com as ruas Teodoro Sampaio e dos Pinheiros.

Hospital abandonado preocupa moradores

Há dez anos, o Hospital Panamericano era um dos centros médicos do Brasil mais avançados no que se refere ao tratamento de doenças cardiovasculares. Hoje, no entanto, não passa de um edifício abandonado e que se transformou em dor de cabeça para os moradores do Alto de Pinheiros. O complexo pertencia ao grupo Samcil, que desde 1997 passa por crise financeira.
Entre os transtornos gerados pelo abandono do prédio, situado na Rua Vitorino de Carvalho, está o barulho de jovens que estacionam os carros nas vagas do estacionamento local durante a madrugada. Outra preocupação é a possibilidade da antiga estrutura do hospital ser derrubada para dar lugar a um grande empreendimento, o que poderia degradar e acabar com o perfil residencial do bairro.
Apesar das queixas, há pouca possibilidade de mudança na atual situação do edifício, pois os interessados em comprá-lo terão de gastar no mínimo R$ 100 milhões, mais dívidas como IPTU. Outro agravante é que a Rua Vitorino de Carvalho está situada em uma área estritamente residencial, o que impede o seu uso com finalidades comerciais.

Eliseu de Almeida continua sem reparos e intransitável

A Avenida Eliseu de Almeida, importante via de ligação da Capital com o município de Taboão da Serra, continua abandonada pelo poder público, intransitável em toda a sua extensão e com enorme quantidade de crateras no asfalto.
Segundo a Subprefeitura do Butantã, devido a obra de canalização do Córrego Pirajuçara, e ainda por ser uma via que tem muita infiltração de água, criam-se mais buracos, mas que “ao final da obra estaria sendo então programado o recapeamento de toda a extensão da Eliseu”.  
Mas a verdade é que quase um ano após o nosso primeiro contato com a subprefeitura, e com a obra de retificação de canalização praticamente terminada, a Eliseu continua sem reparos e completamente intrafegável. E agora para completar, a Avenida Prof. Francisco Morato também está em obras, o que causa um grande transtorno para os motoristas, pois não têm mais nenhuma opção para driblar o caótico trânsito que se forma na região nos horários de pico, das 8h às 11h da manhã e das 17h às 19h da noite.
Quanto aos problemas identificados na Eliseu de Almeida, não representam apenas uma ameaça de furar pneus ou estragar a suspensão do veículo, podem servir também de armadilha para os motoristas, causando acidentes. Em alguns pontos, carros chagam a invadir a pista lateral para desviar dos buracos. Especialistas afirmam que o problema dos buracos em São Paulo vai de falhas em contratos e fiscalização a erros técnicos e uso de material, de responsabilidade da Prefeitura. Para eles, tapar as aberturas que surgem não resolve a questão. A falta de planejamento de uso para o piso, de monitoramento das condições do asfalto e de fiscalização dos consertos e serviços executados no solo indicam que a questão é bem mais complexa.
O que faz a Siurb (Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras) e a subprefeitura, que não respondem e nem se interessam pelo caso? É um total descaso com a população! A Sirurb já foi notificada sobre o caso e, inclusive, entrevistamos o engenheiro responsável e ex-subprefeito do Butantã, Regis Oliveira, que na época nos confirmou a conclusão da obra para o final do ano passado.   
Segundo o engenheiro Marcelo Rosemberg, ligado ao Sinaenco (Sindicato de Arquitetura e Engenharia), boa parte do pavimento é da década de 50, quando as condições do tráfego eram outras. “Vias locais viraram grandes avenidas sem nenhuma adaptação”, ressalta.  
Além dos buracos no asfalto e da falta de recapeamento total, a via está completamente às escuras, o que torna o trecho altamente perigoso durante a noite, tanto para pedestres como para os motoristas. Por ser uma avenida com inúmeros semáforos em toda sua extensão, as pessoas são obrigadas a parar o veículo em meio à escuridão, correndo o risco de serem assaltadas. Inclusive já foram registradas várias ocorrências de assaltos a pedestres e furtos a veículos na região por conta da falta de segurança.
A população pergunta, “até quando os serviços de reconstrução da via serão relegados a segundo plano, e quantos acidentes e atropelamentos precisam acontecer para que a Prefeitura tome real consciência do que está acontecendo”?

No meu tempo era assim

Qualquer pessoa que passou dos quarenta anos sabe disso.  Como quem está muito acima dessa idade, sou obrigado a começar o texto falando que, no meu tempo, todos nós, adolescentes começávamos a trabalhar aos doze, treze anos de idade. Isso era rotina, e todos tinham a sua “carteira de menor”, que registrava o inicio da carreira profissional dos trabalhadores.
Com a criação do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, o jovem fica impedido de trabalhar, e isso virou justificativa para o que temos hoje. O jovem pratica delitos, e é protegido. O jovem não trabalha, e culpa-se o ECA. O poder público finge que protege, o jovem finge que é protegido, a família finge que está tudo bem, e cresce a bolha da mentira.
No mercado de trabalho não é novidade para ninguém que, após os quarenta anos, muitos trabalhadores são banidos, considerados “velhos”. Ou se adaptam aos novos métodos, fazem cursos de reciclagem profissional, ou caem no desemprego. E, como muita gente nessa idade está há muito tempo longe dos bancos escolares, a situação fica ainda mais complicada.
Por outro lado também sabemos que, se todos os jovens ora protegidos pelo ECA pleiteassem uma vaga no mercado de trabalho, as vagas para o pessoal acima dos quarenta anos seria ainda menores.
Não bastasse a falta de oportunidades, a falta de pessoal técnico devidamente especializado, ainda enfrentamos a competição de produtos chineses, muitos deles fabricados em regime de quase escravidão. Produtos muitas vezes considerados descartáveis, que chegam a preços irrisórios, gravando um quadro que nos coloca em uma única posição, a de um país prestes a sofrer contínuas derrotas no mercado internacional.
Apesar desse quadro, vamos sendo iludidos, ou seja, fala-se uma coisa, e pratica-se outra. Justifica-se o fato do jovem não poder trabalhar, culpando-se o ECA. Mas, na verdade, o que sabemos é que não dispomos de vagas para esses jovens, e, de falácia em falácia, vamos nos enganando, ou nos deixando a enganar.
Vitor Sapienza é deputado estadual (PPS), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, economista e agente fiscal de rendas aposentado.  Siga: www.twitter.com/vitorsapienza

Morro do Querosene vai ganhar parque

Os moradores do Morro do Querosene, região do Butantã, têm muito que comemorar, pois uma área verde de 34,5 mil m2 do bairro será transformada em parque. O anúncio foi feito no Diário Oficial da Cidade do último dia 20, quando o local foi decretado como de utilidade pública pelo prefeito Gilberto Kassab.  
A área onde será implantado o futuro parque era utilizada para manifestações culturais – samba de roda, bumba-meu-boi e capoeira –, realizadas pelos moradores do Morro do Querosene, artistas em grande parte. Porém, em 2008, o acesso principal ao terreno foi fechado pelos proprietários, por meio da construção de um muro. Desde então, a população luta para que o espaço seja reaberto e convertido num parque público.
O local também tem a preservação reivindicada pelo seu possível valor histórico e ambiental, por abrigar exemplares de árvores da Mata Atlântica e três nascentes. Segundo alguns historiadores, no entorno de uma delas, tropeiros do século 18 e bandeirantes no século 16 paravam para descansar antes de continuarem com as viagens, daí o apelido “Chácara da Fonte”, dado ao terreno pelos moradores do Morro do Querosene.
Para a diretora da Associação Cultural do Morro do Querosene, Cecília Pellegrini, o decreto representa uma vitória importante para todos os bairros do Butantã. “Com a implantação da área pública será criado um imenso corredor verde na região, ligando o Instituto Butantan ao Parque da Previdência”.
Mas, Cecília sabe que ainda há um longo caminho para que o parque deixe de ser um sonho. “Dependemos de outros trâmites burocráticos que precisam ser cumpridos em no máximo cinco anos, como a desapropriação da área, um dos próximos passos do processo”. A família Basile, proprietária da gleba, afirma não se opor à determinação da Prefeitura de São Paulo, desde que seja paga uma compensação atualizada em relação ao mercado imobiliário.
Chácara do Ferreira
Além do Morro do Querosene, a população do Butantã também conseguiu que outra área verde fosse protegida pelo poder público neste ano, no caso, a Chácara do Ferreira, com 150 mil m². O local pertence ao Jockey Club de São Paulo, que devido a dívidas de IPTU decidiu vendê-lo ao Município. Agora, um parque deve ser implantado no terreno, medida que por anos foi exigida pelos moradores, e apoiada pelo Jornal do Butantã - Grupo 1 de Jornais.

Linha 4 do Metrô vai lotar no próximo mês

Os usuários da Linha 4 - Amarela do Metrô viajarão um pouco mais apertados nos vagões a partir do final de setembro, quando devem ser inauguradas as estações República e Luz, no centro da cidade. De acordo com estimativas da ViaQuatro, empresa privada responsável pela administração do ramal, o número de passageiros deverá aumentar significativamente, passando de 190 mil por dia para 700 mil.
Com as novas paradas, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) estima que um em cada cinco passageiros das linhas 1 - Azul e 3 - Vermelha passe a utilizar a Linha 4 - Amarela, desafogando a Estação Sé, a mais sobrecarregada do sistema.  No último dia 6, houve recorde de lotação no metrô paulistano, com 4.150.447 pessoas transportadas.
Para reduzir o desconforto nos vagões, o Metrô pretende adquirir a partir de 2013, novos trens sem divisória para todos os ramais. Os modelos serão semelhantes aos que trafegam pela Linha 4, de fabricação coreana.
Novos horários
Também a partir de setembro, a Linha 4 deverá operar em período integral, das 4h40 até meia-noite, inclusiva nos finais de semana. Hoje os trens param de circular às 21h, e somente de segunda à sexta-feira.  
 Taboão da Serra - zona Norte
O governo do Estado cogita ampliar a Linha 4 - Amarela além do traçado Luz-Vila Sônia, que tem a conclusão prevista para 2014. A partir da zona Oeste, os trilhos serão estendidos até o município de Taboão da Serra. No caso da Estação Luz, há um túnel para manobra das composições, podendo ser utilizado como uma continuação do ramal em direção à zona Norte, no bairro do Pari. Os primeiros estudos sobre as próximas etapas devem ser iniciados em 2012.

Mercado imobiliário põe em risco identidade do bairro

A expansão do mercado imobiliário na capital paulista já derrubou desde 2007 mais de 4.700 imóveis, entre sobrados e galpões que deram lugar a edifícios comerciais ou residenciais de alto padrão. No entanto, para alguns especialistas, essa situação pode resultar na descaracterização de bairros antigos, como Pinheiros, por exemplo.
De acordo com dados publicados no Diário Oficial da Cidade, referentes a imóveis demolidos, somente neste ano foram ao chão 204 estabelecimentos, enquanto em 2010, foram 1.590, período com mais casos deste tipo nos últimos cinco anos.
Em Pinheiros, os empreendimentos são construídos com velocidade. Hoje, três terrenos estão em obras, nas ruas Cardeal Arcoverde, Mourato Coelho e Amália de Noronha. Nestes locais, trechos inteiros com cerca de seis a dez sobrados foram derrubados para que sejam erguidos novos espigões.
Para o arquiteto e urbanista Caio Ferrer Giglio, a ampliação do setor imobiliário põe em risco a identidade do bairro, que até os anos 1980 ainda era caracterizado pelos seus sobrados antigos. “Os impactos dessas mudanças não se restringem somente à paisagem, pois geralmente quem escolhe morar nestes novos empreendimentos vem de outra região, sem nenhuma identificação direta com Pinheiros”.
Outro problema ocasionado pelos novos conjuntos residenciais é o aumento do trânsito em ruas já saturadas, como Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde. “Precisamos de um planejamento que controle a construção de mais edifícios, polos geradores de tráfego em potencial. É a qualidade de vida dos paulistanos que está em jogo”.
Entre os locais do bairro onde ainda é possível encontrar quarteirões inteiramente preservados estão as vilas situadas nas imediações do Largo da Batata, com imóveis de fachada estilo art decó, estilo de arquitetura típico do início do século 20. Nestes espaços ainda é mantido o clima de uma época em que os vizinhos se conheciam e as crianças brincavam na rua.

Insegurança volta a rondar o Morumbi

A violência no bairro do Morumbi com inúmeros casos de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais da região está deixando os moradores preocupados com a atual situação. Sentindo-se imunes às constantes ocorrências, decidiram então se unir criando o grupo “Moradores do Morumbi”, composto hoje por 3026 membros. Desde a sua criação o grupo tem realizado passeatas e abaixo-assinados buscando uma forma de alertar as autoridades  para a questão. O movimento S.O.S Morumbi pretende colher mais assinaturas e neste dominho (28), às 10h30, haverá uma manifestação pública na Praça Vinícius de Moraes (ao lado do Palácio do Governo).     
Na Avenida Giovanni Gronchi, as ocorrências são frequentes. Pessoas são assaltadas constantemente, em plena luz do dia, sem que apareça um único policial para impedir o delito. E até mesmos os motoristas que passam pelo local se sentem inseguros.  
Esta semana, o engenheiro Daniel Marques de Almeida de 70 anos, foi atingido nas costas por um tiro de fuzil calibre 556 em um assalto à casa dele. A vítima foi levada ao Hospital São Luiz e permanece internada em estado grave. 
Mães que levam seus filhos para o Colégio Pio XII e moradores do bairro que vão fazer compras no Carrefour da Marginal do Pinheiros precisam usar quase que obrigatoriamente a Rua Doutor Francisco Thomaz de Carvalho, via que liga o bairro à Marginal, mais conhecida como “ladeirão”. 
Os assaltos têm endereço e horário certos desde 2009.  Ocorrem no início da manhã, entre 6h e 7h, ou no fim da tarde, entre 18h e 19h. Mas também há registros de ataques durante a madrugada e no horário de almoço. Só nos primeiros seis meses deste ano foram 93 ataques contra motoristas na Thomaz de Carvalho. É nessa descida de mão-dupla, perto do cruzamento de uma das ruas que dá acesso à Favela de Paraisópolis, que motoristas são atacados por grupos de menores de idade armados com pedras e velas de carros com saliva na ponta par quebrar o vidro. É mais que um assalto a cada dois dia no mesmo local.
O “ladeirão” é praticamente a única via que o motorista que está nas avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi pode usar para chegar à Marginal do Pinheiros, sem ter que atravessar pelo meio de Paraisópolis. O caminho por ruas de terra pelo meio da favela, entre a Giovanni e a Marginal, tem 12 quilômetros, enquanto pelo “ladeirão” são percorridos 1.600 metros.
Para tentar encontrar uma solução para o problema, o coronel José Luiz de Souza, do 16º Batalhão da Polícia Militar, afirma que tem conversado com a Prefeitura para que sejam feitas mudanças no trânsito da região, a fim de melhorar o fluxo e diminuir os riscos aos motoristas. Segundo a Polícia Militar, no ano passado foi encaminhado um ofício à Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) pedindo a mudança na mão de direção da Francisco Thomaz de Carvalho, mas o pedido foi negado pelo órgão. Uma lástima para a população de São Paulo!

Balneários paulistanos altamente poluídos. Água da Sabesp é a responsável

Praias do litoral norte de São Paulo como Maresias, Juqueí, Camburi e Baleia atingiram seu pior índice de poluição dos últimos dez anos. O grande responsável pela piora dos índices de balneabilidade, segundo o relatório das praias divulgado pela Cetesb (agência ambiental estadual), é o despejo de esgoto doméstico no mar, ou seja, culpa da Sabesp por despejar tudo in natura em rios, córregos e mares, contribuindo assim para poluir ainda mais o meio ambiente.  É comum nas praias do litoral brasileiro, a falta de um sistema eficiente de coleta. Quando chove muito nessas regiões, a situação piora, pois mais esgoto acaba chegando ao mar.
No litoral norte, por falta de fiscalização da Sabesp, muitas casas, inclusive as de alto padrão, jogam dejetos nos córregos que cortam a planície costeira. Tudo,  então, é levado ao Oceano Atlântico. Um caso típico de casas poluindo o rio ocorre em Toque-Toque Pequeno, no município de São Sebastião. A praia, desde 2008, é rotulada como regular pela Cetesb.
“A tendência do litoral norte, se formos considerar o início da década, é de piora, diz Claudia Lamparelli, gerente da Cetesb.    
Água mais cara
A partir do dia 9 de setembro as tarifas de água e esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) serão reajustadas em 6,83%. O aumento vale para todas as cidades atendidas pela empresa, com exceção de São Bernardo do Campo, Lins e Magda, que têm regras contratuais diferenciadas.
Conforme simulação feita pela Agência Reguladora de Saneamento de Energia do Estado (Arsesp), o aumento da tarifa para residências com consumo de até 120 metros cúbicos por mês é de R$ 1,94 (de R$ 28,38 para R$ 30,32). Já para residência social (que depende da faixa salarial do morador, metragem do imóvel e consumo), a alta é de R$ 0,66. Para quem mora em prédio, o impacto do reajuste será menor. De uma maneira geral, a conta de água equivale a 11,18% da despesa geral de um condomínio.   
Mas o que esperar de uma empresa a qual moradores em diversas regiões da Capital e até mesmo no interior do Estado reclamam por pagarem um serviço que não têm acesso? No caso do Córrego Itaim, a própria companhia admite que o esgoto é coletado e jogado no córrego, e informou que “ainda não existe um coletor-tronco no trecho”, com o qual seria possível levar o esgoto para a estação de tratamento. Segundo a Sabesp, estão previstos R$ 9,3 milhões para as obras do córrego, numa área de 9,4 km2.
“A Sabesp investe, mas também agrava a situação. Basta saber que nem 20% do esgoto coletado passa por um tratamento”, disse o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, lembrando a necessidade da cobrança do serviço feito pela companhia. “Para ela ter direito a esse pagamento, tem de fazer coleta, transporte e tratamento”, completou.
Em novembro do ano passado, reportagem do jornal o Estado de S. Paulo mostrou que a Sabesp despeja esgoto in natura em 6.670 pontos de rios e córregos da Região Metropolitana - chamados de lançamentos provisórios.
Segundo levantamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a qualidade da água subterrânea, que abastece cerca de 6 milhões de pessoas (de um total de 41 milhões no Estado), caiu em São Paulo entre 2006 e 2008. O índice de água potável, que era de 85,4% em 2006, passou para 66,7% no ano passado.

Rua dos Pinheiros terá projeto para melhoria das calçadas

No último dia 23, a Associação de Moradores e Empresários de Pinheiros (AMEPI) se reuniu com representantes da Subprefeitura de Pinheiros para discutir possíveis melhorais nas calçadas da Rua dos Pinheiros. Na ocasião, foram feitas sugestões à entidade sobre como gerir trabalhos com este objetivo, com destaque para um projeto a ser apresentado em breve pela regional.
Entre as principais intervenções propostas no encontro foi a padronização da calçada em toda a extensão da via. Em 2009, o modelo de blocos de concreto intertravados, na cor vinho, foi instalado em grande parte da Rua dos Pinheiros, porém, o trecho entre as avenidas Pedroso de Moraes e Brigadeiro Faria Lima não recebeu o novo piso.
Outra medida pretendida pela AMEPI está a reforma do pavimento nos pontos com blocos danificados ou em desnível, existentes na maioria dos acessos de estabelecimentos com guias rebaixadas.
Os representantes da subprefeitura, a arquiteta Carla Pali e o coordenador de obras, José Armando Mantuan, se disponibilizaram à AMEPI para realizar um projeto de nivelamento e reparo das calçadas. “Esperamos finalizá-lo até o final de setembro, para que possamos ter uma referência na execução dos trabalhos posteriores”, disse Mantuan.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Servidores para uso doméstico

Silvio Pereira
Consultor
Servidores, há 20 anos, eram chamados de Mainframe, somente as grandes empresas tinham o privilegio de possui-los, necessitavam de uma infraestrutura elétrica e de ar condicionado sobrenatural, faziam todas as atividades de informática que eram possíveis na época e ficavam trancados a quatro paredes aonde o local era identificado como CPD (Centro de processamento de dados).
Com o advento dos microcomputadores, algumas atividades que necessitavam de maior agilidade a mudanças e eram centralizadas nestes grandes computadores começaram a serem passadas diretamente para o usuário final devido ao grande lançamento dos processadores de texto e das planilhas de calculo. Foi o grande começo da era da descentralização. Os microcomputadores e os softwares evoluíram e foram criados os Servidores Intel, que na pratica não necessitarão de uma infraestrutura tão dimensionada, a um custo muitas vezes inferior ao Mainframe e passaram a popular todas as empresas de médio e grande porte, em quase toda a totalidade do ambiente de TI.
Os pequenos Servidores já estão presentes na maioria das empresas menores, mas ainda necessitam de algum gerenciamento por parte de técnicos ou pessoas com alguma experiência em informática para administra-los.
Com o aumento expressivo de equipamentos que precisam se conectar dentro de casa, surgiu à necessidade do Servidor doméstico, ou seja, um aparelho que armazene todas as informações como: musica, filmes, fotos, vídeos e arquivos possibilitando a troca de informações entre pessoas e aparelhos como Smart TV, Blu-Ray, games, câmeras, iPhone, iTouch, iPad e sendo fáceis de gerenciar. Para os amantes do Windows, a Microsoft possui um sistema operacional chamado Windows Home Server 2011. Para os amantes da Apple existe uma solução completa intitulada Mac Mini com Lion Server, que possui características muito interessantes para pequenas empresas, incluindo até acesso de PCs e Macs sem limite de usuários. Para usuários que gostariam de ter um produto independente da plataforma, poderão utilizar um NAS (Network Access Server), que possibilita os mesmos tipos de serviços dos anteriores. A minha recomendação é o Iomega StorCenter. Entre no nosso blog e acesse os links dos produtos para conhecer melhor as soluções.
Microsoft Home Server:
Apple Mac Mini:
Iomega StorCenter:
Se precisar de esclarecimento ou tiver alguma duvida sobre esta matéria ou qualquer assunto sobre informática, acesse o nosso Blog em: http://grupo1info.blogspot.com.
Sílvio Pereira, engenheiro, pós-graduado no ITA em Segurança da Informação, Consultor especializado em Segurança da Informação, Virtualização e Cloud Computing. E-mail: mailto:spereira@gn2.com.brr

A despedida de um mito

Silvia Vinhas
BandSports
Quando o maior atleta olímpico da historia do Brasil anuncia a decisão de antecipar o encerramento de sua carreira competitiva em jogos alegando falta de incentivo do País dá vontade de chorar! Torben Grael, responsável por praticamente um terço das conquistas olímpicas da vela brasileira - dois ouros, uma prata e dois bronzes -, se despede, aos 51 anos, pedindo um maior apoio às categorias de base do esporte que mais deu medalhas ao País. São 16 no total. Torben contou, em uma entrevista ao Jornal o Estado de São Paulo, que a decisão é resultado de um conjunto de fatores. Ele confessa que não tinha condições ideais para uma campanha olímpica e que chegou a apresentar vários projetos à Confederação Brasileira de Vela e Motor, sem retorno. Uma campanha olímpica, é trabalhosa e exige que o atleta participe de pelo menos uns dez eventos. Para isso, ele e o companheiro Marcelo Ferreira, deveriam abandonar outros projetos pessoais. Leia-se aqui: falta de patrocínio.
Atualmente, com os problemas internos enfrentados pela CBVM, os velejadores brasileiros optam por não seguir carreira. Na Inglaterra, por exemplo, sede dos próximos jogos, eles dão apoio a cinco equipes numa mesma classe. Aqui o atleta é desestimulado antes mesmo de começar…
Triste declarações de um ídolo que jamais nos decepcionou. Já participei da cobertura de quatro Olimpíadas e em todas elas, me lembro bem, ficávamos sempre esperando as medalhas da Vela. Torben Grael foi prata em 1984 em Los Angeles, festejou o terceiro lugar nas águas de Seul em 1988 na classe Star, conquistou o primeiro ouro em Atlanta, em 96, foi bronze em Sidney e o bi olímpico veio em Atenas, em 2004.
O legado dessa história brilha vivo em seus dois filhos, Marco e Martina, velejadores que lutam por uma vaga nos Jogos de Londres. Mas quantos outros Marcos e Martinas devem existir nesse Brasil enorme, que nem sequer imaginam como seja um esporte como a vela?
No momento a maior preocupação do Brasil é aprontar estádios e modernizar aeroportos para a Copa de 2014. Mas, que tal pensarmos no valor humano? Como estamos trabalhando e incentivando os nossos jovens de hoje a subirem ao podium amanhã?
Ainda dá tempo... mas como bem disse Torben Grael…dá trabalho!!!

Regra 5 – O árbitro

Salvio Spinola
Arbitro da FIFA
Podemos dizer que é a regra mais importante. É esta regra que disciplina os poderes e deveres do árbitro e principalmente a sua autoridade. Em texto muito simples, a regra 5, dentre outras coisas, diz: “as decisões do árbitro são definitivas.”  Imaginem a confusão que seria o futebol se não tivesse esta previsão nas regras. São 208 países que praticam futebol profissional e seguindo as mesmas regras. Cada país com sua cultura e seu regime de governo e nenhuma interferência pode ser feita na decisão do árbitro. Por este motivo que já vimos algumas imagens mostrando que a decisão do árbitro foi equivocada e não foi feita alteração. Já teve árbitro dando gol, quando a bola não entrou no gol e árbitro não confirmando gol quando a bola entrou no gol. O que o árbitro decidir é o que vai prevalecer, mesmo que a decisão esteja errada.
Pergunta para próxima semana:
O árbitro assistente pode avisar o árbitro central que a decisão tomada foi errada e sugerir que mude a decisão?
a)      Não, em hipótese alguma.
b)      Sim, para decisões dentro da área.
c)       Sim, para qualquer decisão.
d)      Não, a função do árbitro assistente é marcar impedimento, lateral, escanteio e tiro de meta.
O leitor José Lucena, do Tatuapé, pergunta:
Pode um árbitro assistente substituir o árbitro? Recentemente a FIFA fez algumas alterações na carreira do árbitro, considerando o árbitro central somente como árbitro e o assistente atuando especificamente nesta função. Quem substituiu o árbitro é o quarto árbitro, mas caso não tenha um quarto árbitro, ou este esteja impossibilitado, o assistente pode apitar o jogo.
Sálvio Spínola é árbitro credenciado pela FIFA. Tire suas dúvidas perguntando abaixo.

Trânsito piora na Eusébio Matoso

A intensificação das obras no corredor de ônibus na Avenida Eusébio Matoso fez com que o trânsito, que já estava ruim devido ao fim das férias escolares, piorasse ainda mais. A via está parcialmente interditada desde 9 de julho, entre a Rua Cardeal Arcoverde e o Shopping Eldorado, sendo que o término das obras está previsto para o final de agosto.
A circulação na Eusébio Matoso está interrompida no lado esquerdo das faixas, tanto no sentido bairro quanto no sentido Centro, o que obriga os ônibus a circularem pelo lado direito, dificultando o fluxo do trânsito. As obras consistem na substituição do piso de asfalto pelo de concreto nos corredores. Em dezembro os trabalhos deverão ser estendidos à Avenida Rebouças e a Rua da Consolação, quando as aulas nas escolas e universidades entram novamente em recesso.

Itaim Bibi tem queda no preço do metro quadrado

Um dos bairros mais disputados no mercado imobiliário sofreu desvalorização nos últimos meses. Trata-se do Itaim Bibi, que de acordo com levantamento da Empresa Brasileira de Estudos Imobiliários (Embraesp) teve queda de 3% no preço do metro quadrado ao longo do primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2010.
Hoje, o metro quadrado no Itaim Bibi sai em média R$ 13.183, o segundo mais caro da cidade, atrás apenas da Vila Nova Conceição, bairro da zona Sul. Desde 2006, este valor até o último mês de dezembro tinha uma elevação de 50% ao ano, conforme dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Entre os possíveis motivos para a desvalorização do Itaim Bibi está o trânsito, gerado pela aglomeração de bares, restaurantes e grandes empresas situadas ao longo das principais avenidas, como a Engenheiro Luís Carlos Berrini e Chucri Zaidan.  A intensificação do tráfego no bairro também traz outros problemas, como o aumento do roubo de veículos e da poluição.

Governo aposta no monotrilho. Há contestações

Para cumprir a meta de dois quilômetros de trilhos do Metrô até 2014, o governador Geraldo Alckmin irá recorrer a uma nova modalidade de transporte jamais implantada nas grandes cidades brasileiras: o monotrilho, trens de média capacidade sobre pneus que circulam por vigas de até 12 metros de altura. Terão este perfil a futura Linha 17 - Ouro e a extensão da Linha 2 - Verde, esta, já em obras.
A principal vantagem do monotrilho em relação ao sistema de metrô convencional, geralmente subterrâneo, é que sua implantação leva menos tempo, não exige tantas desapropriações e não demanda tantos investimentos.  O Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo) estima que cada quilômetro de trilhos no subsolo custe R$ 320 milhões, enquanto a mesma extensão de monotrilho sai por R$ 180 milhões.
No entanto, apesar das vantagens, entidades civis de bairros nobres das zonas Oeste e Sul alegam que os novos ramais podem degradar os locais compreendidos em seus traçados, de maneira semelhante ao Minhocão, no Centro da cidade. Além disso, apesar do Metrô afirmar que a implantação do monotrilho não necessita de grandes desapropriações, há contestações por parte de alguns paulistanos.
Moradores do bairro do Jardim Leonor, nas imediações do Estádio do Morumbi, criticam o planejamento da companhia, que prevê a retirada de aproximadamente 50 imóveis, entre residências e estabelecimentos comerciais, situados ao longo da Avenida Jorge João Saad.

Pedestre divide calçadas com lixo e entulho

Sacos de entulho dificultam passagem de pedestres
Mesmo que a recém chegada do Metrô represente um avanço na qualidade de vida dos moradores e comerciantes de uma região, quem passa pelas calçadas dos dois terrenos da futura Estação Fradique Coutinho, na Rua dos Pinheiros, precisa conviver diariamente com lixo e entulho pelo caminho, acumulados também nas áreas cercadas pelos tapumes.
Ao lado do prédio operacional da estação, restos de móveis são depositados com frequência. Segundo alguns comerciantes das imediações, que não quiseram se identificar, o material é descartado por carroceiros durante a madrugada. “Eles deixam tudo o que não compensa levar, até colchões encontramos aqui”.
Já na outra calçada, no entorno do terreno do Metrô utilizado como passagem pela construtora que ergue um empreendimento na Rua Fradique Coutinho, as lixeiras instaladas junto aos tapumes estão danificadas e sacos de entulho são aglomerados. “Andar com o carrinho de bebê é difícil, pois além das outras pessoas, tenho de desviar de madeiras e tijolos quebrados”, afirma a professora Célia Leu, que passa toda semana pelo local.
Mas não é apenas o lixo que representa obstáculos para quem circula no passeio. “No trecho em frente ao prédio da estação é complicado passar, pois as divisórias instaladas pelo Metrô estão próximas demais dos postes, atrapalhando o caminho também do outro lado da rua”, afirma o engenheiro André Henrique Ferreira, cadeirante.
Para a Associação de Moradores e Empresários de Pinheiros (AMEPI), a preocupação vai além da sujeira. “Estamos no desenvolvimento de um projeto sobre um bulevar na Rua dos Pinheiros, que envolve a reforma das calçadas. Mas como iremos executá-lo, se os tapumes podem permanecer no mesmo lugar até 2014?”, questiona a presidente da entidade, Ana Maria Mortari. A Estação Fradique Coutinho faz parte da segunda etapa da Linha 4 - Amarela, prevista para ser concluída ao longo dos próximos três anos.
Providências
Sobre o lixo no passeio, a Subprefeitura de Pinheiros afirma que realizou vistoria nos locais citados e que enviará ofício à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) para a realização da manutenção.
Por sua vez, a estatal afirma que o pavimento está em condições de uso e quanto à área dos terrenos, até amanhã (20), uma empresa contratada fará o serviço de limpeza.
Já a liberação do restante da calçada para o bulevar, o Metrô afirma que os trabalhos a serem executados e as interdições necessárias serão definidos após a conclusão dos projetos executivos da segunda fase da Linha 4 - Amarela e contratação da construtora responsável.
Diego Gouvêa

Pinheiros - Urbanistas buscam bairro ideal nos próximos 50 anos

Em 2010, Pinheiros chegou aos seus 450 anos de fundação, iniciada no século 16 por meio da formação de um aldeamento indígena numa área entre o Rio Pinheiros e onde é hoje o Largo da Batata. Já em 2011, começa o caminho rumo aos 500 anos, e, pensando nisso, a Gazeta de Pinheiros - Grupo 1 de Jornais propôs a alguns urbanistas a difícil missão de visualizar o bairro nas próximas cinco décadas. O objetivo da iniciativa é tentar definir as condições ideais para que o bairro possa se tornar um meio mais humano e organizado para todos viverem.
Questões atuais como o crescimento do mercado imobiliário, intensificação do tráfego, os impactos da Operação Urbana Faria Lima, ocorrência de enchentes e manutenção de áreas verdes são apenas alguns fatores que poderão influenciar na qualidade de vida dos futuros moradores locais.
Entre os profissionais consultados para o desafio de pensar em Pinheiros nas próximas cinco décadas está o arquiteto e urbanista Nadir Curi, que além do conhecimento técnico se identifica e conhece as particularidades do bairro, onde mora há mais de 40 anos. Confira a seguir, sua entrevista à Gazeta de Pinheiros:
Gazeta de Pinheiros – Há quanto tempo mora e trabalha em Pinheiros?
Nadir Curi - Moro em Pinheiros desde 1968, há  43 anos.
Há 30 anos estou com escritório na Rua dos Pinheiros, junto ao meu sócio e amigo Celso Franco, com quem compartilho boa parte das minhas opiniões técnicas.
Pinheiros é um bairro que nos últimos 30 anos teve a sua paisagem alterada de maneira significativa. Assim, pensar num planejamento sobre os próximos 50 anos pode ser considerado “um exagero” para um dos bairros mais centralizados e densos da cidade? 

CET apresenta projeto de melhorias na Rua dos Pinheiros

AMEPI recebeu CET para discutir projeto do bulevar na Rua dos PInheiros
No último dia 16, a Associação de Moradores e Empresários de Pinheiros (AMEPI) recebeu a visita de técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que avaliam a proposta de implantação do bulevar da Rua dos Pinheiros. Eles apresentaram aos coordenadores do trabalho urbanístico uma análise sobre as possíveis intervenções viárias para valorização paisagística e comercial da via, especificadas em um croqui detalhado do projeto.
Entre as melhorias estudadas está uma nova sinalização e ampliação das esquinas da Rua dos Pinheiros para proteção dos pedestres e incentivo a caminhadas, de maneira que a circulação dos veículos não seja afetada. Representaram a CET os técnicos Júlio Rebelo, Regina Silva de Souza e Samuel Oliveira.
Amolvi elege nova diretoria
Em assembleia realizada no último dia 15, a Associação de Moradores e Lojistas da Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto (Amolvi), que apoia o bulevar da Rua dos Pinheiros, elegeu sua nova diretoria e Conselho Fiscal, com mandatos até agosto de 2013. Nos cargos executivos da entidade agora estão: Suely Leite, presidente; Jayme Gulinelli, vice-presidente; Denise Perrotti, tesoureira; Cristiane Menézio, secretária-geral e Sérgio Andreucci, secretário de divulgação. Fazem parte do Conselho Fiscal: Elcio Mafra, João Peres, Mário Alves, Silvana Anna e Ana Maria Pagliusi.

Crise no InCor. Dívida e filas de espera para atendimento

Inaugurado em 1975, o InCor (Instituto do Coração) é resultado da fusão dos antigos serviços de cardiologia do Hospital das Clínicas da USP com a percepção do aumento da demanda por atendimento especializado e integrado. Mas a atual situação do InCor vem merecendo seguidas reportagens da mídia – e não é para menos. A instituição, que já foi apontada pela prestigiosa revista “Lancet” como um dos três maiores centros de cardiologia do mundo, convive hoje com um pronto-socorro funcionando bem acima de sua capacidade e com longas filas de espera para exames e cirurgias.
Atribui-se a crise atual à situação financeira da instituição. Administradores recentes responsabilizam as “gestões anteriores” pelo débito e pela situação atual, em que o InCor rola uma dívida de mais de R$ 120 milhões, que impede que o instituto passe por reformas e amplie sua hoje capacidade de atendimento.
Para manter a instituição, foi criada a Fundação Zerbini, e o InCor – dirigido pelo cardiologista Fúlvio Pileggi de 1991 até sua aposentadoria, em 1977 – ostentou alta qualidade no atendimento, na produção científica e pós-graduação com nota máxima da Capes/Ministério da Educação, resultado que nunca mais foi atingido.
Uma auditoria realizada pela Deloitte, a pedido do próprio Pileggi, mostrou que, à época de sua saída do InCor, havia em caixa cerca de R$ 60 milhões. Bastaram sete anos para que o caixa se transformasse num débito de R$ 240 milhões.
Segundo o médico oncologista e professor emérito da USP, Ricardo Brentani em artigo na Folha de S. Paulo, as obras de expansão do complexo hospitalar são apontadas como responsáveis pela dívida, “mas não se pode negar que houve também outros problemas de gestão”, diz.
E o que dizer então dos favorecimentos para políticos e poderosos de Brasília que fazem uso dos serviços de atendimento (exames e cirurgias) sem desembolsar um único tostão? Brentani afirma que o sucateamento do InCor é, sim, inaceitável. Mas é fundamental tomar precauções para que um novo influxo de recursos não se perca na vala comum das dívidas estratosféricas e da gestão incompetente das verbas públicas.
“O InCor precisa de uma gestão profissional e transparente, que dê conta de cada centavo investido e de cada agulha e seringa comprada e usada. Do contrário, o sonho da excelência corre o risco de se perder entre a manada de elefantes brancos emperrados que hoje, infelizmente, constitui a imensa maioria dos hospitais da rede pública”.

Feira da Vila acontece neste domingo

Acontece neste domingo (21), a 34ª Feira da Vila Madalena, com uma variedade de atrações culturais e opções gastronômicas. Para esta edição, os organizadores do evento estimam um público de aproximadamente 100 mil pessoas, que irão percorrer o quadrilátero formado pelas ruas Fradique Coutinho, Wisard, Purpurina e Mourato Coelho, onde estarão mais de 500 barracas de artesanato, moda, pintura e comidinhas.
Neste ano, a Feira da Vila Madalena terá um espaço exclusivo para crianças, exposição de grafite e a “Rua dos Esportes”, na Rua Mourato Coelho, com uma série de atividades esportivas. Também faz parte da programação mais um passeio ciclístico promovido pelo grupo “Pedal da Vila Madalena” e um bolo em homenagem ao aniversário do bairro-irmão Pinheiros, que completou 451 anos no último dia 15.
34ª Feira da Vila Madalena – domingo, 21 de agosto – das 9h às 18h
Ruas Fradique Coutinho, Wisard, Purpurina e Mourato Coelho. Grátis