sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Insegurança volta a rondar o Morumbi

A violência no bairro do Morumbi com inúmeros casos de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais da região está deixando os moradores preocupados com a atual situação. Sentindo-se imunes às constantes ocorrências, decidiram então se unir criando o grupo “Moradores do Morumbi”, composto hoje por 3026 membros. Desde a sua criação o grupo tem realizado passeatas e abaixo-assinados buscando uma forma de alertar as autoridades  para a questão. O movimento S.O.S Morumbi pretende colher mais assinaturas e neste dominho (28), às 10h30, haverá uma manifestação pública na Praça Vinícius de Moraes (ao lado do Palácio do Governo).     
Na Avenida Giovanni Gronchi, as ocorrências são frequentes. Pessoas são assaltadas constantemente, em plena luz do dia, sem que apareça um único policial para impedir o delito. E até mesmos os motoristas que passam pelo local se sentem inseguros.  
Esta semana, o engenheiro Daniel Marques de Almeida de 70 anos, foi atingido nas costas por um tiro de fuzil calibre 556 em um assalto à casa dele. A vítima foi levada ao Hospital São Luiz e permanece internada em estado grave. 
Mães que levam seus filhos para o Colégio Pio XII e moradores do bairro que vão fazer compras no Carrefour da Marginal do Pinheiros precisam usar quase que obrigatoriamente a Rua Doutor Francisco Thomaz de Carvalho, via que liga o bairro à Marginal, mais conhecida como “ladeirão”. 
Os assaltos têm endereço e horário certos desde 2009.  Ocorrem no início da manhã, entre 6h e 7h, ou no fim da tarde, entre 18h e 19h. Mas também há registros de ataques durante a madrugada e no horário de almoço. Só nos primeiros seis meses deste ano foram 93 ataques contra motoristas na Thomaz de Carvalho. É nessa descida de mão-dupla, perto do cruzamento de uma das ruas que dá acesso à Favela de Paraisópolis, que motoristas são atacados por grupos de menores de idade armados com pedras e velas de carros com saliva na ponta par quebrar o vidro. É mais que um assalto a cada dois dia no mesmo local.
O “ladeirão” é praticamente a única via que o motorista que está nas avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi pode usar para chegar à Marginal do Pinheiros, sem ter que atravessar pelo meio de Paraisópolis. O caminho por ruas de terra pelo meio da favela, entre a Giovanni e a Marginal, tem 12 quilômetros, enquanto pelo “ladeirão” são percorridos 1.600 metros.
Para tentar encontrar uma solução para o problema, o coronel José Luiz de Souza, do 16º Batalhão da Polícia Militar, afirma que tem conversado com a Prefeitura para que sejam feitas mudanças no trânsito da região, a fim de melhorar o fluxo e diminuir os riscos aos motoristas. Segundo a Polícia Militar, no ano passado foi encaminhado um ofício à Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) pedindo a mudança na mão de direção da Francisco Thomaz de Carvalho, mas o pedido foi negado pelo órgão. Uma lástima para a população de São Paulo!

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