A Avenida Eliseu de Almeida, importante via de ligação da Capital com o município de Taboão da Serra, continua abandonada pelo poder público, intransitável em toda a sua extensão e com enorme quantidade de crateras no asfalto.
Segundo a Subprefeitura do Butantã, devido a obra de canalização do Córrego Pirajuçara, e ainda por ser uma via que tem muita infiltração de água, criam-se mais buracos, mas que “ao final da obra estaria sendo então programado o recapeamento de toda a extensão da Eliseu”.
Mas a verdade é que quase um ano após o nosso primeiro contato com a subprefeitura, e com a obra de retificação de canalização praticamente terminada, a Eliseu continua sem reparos e completamente intrafegável. E agora para completar, a Avenida Prof. Francisco Morato também está em obras, o que causa um grande transtorno para os motoristas, pois não têm mais nenhuma opção para driblar o caótico trânsito que se forma na região nos horários de pico, das 8h às 11h da manhã e das 17h às 19h da noite.
Quanto aos problemas identificados na Eliseu de Almeida, não representam apenas uma ameaça de furar pneus ou estragar a suspensão do veículo, podem servir também de armadilha para os motoristas, causando acidentes. Em alguns pontos, carros chagam a invadir a pista lateral para desviar dos buracos. Especialistas afirmam que o problema dos buracos em São Paulo vai de falhas em contratos e fiscalização a erros técnicos e uso de material, de responsabilidade da Prefeitura. Para eles, tapar as aberturas que surgem não resolve a questão. A falta de planejamento de uso para o piso, de monitoramento das condições do asfalto e de fiscalização dos consertos e serviços executados no solo indicam que a questão é bem mais complexa.
O que faz a Siurb (Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras) e a subprefeitura, que não respondem e nem se interessam pelo caso? É um total descaso com a população! A Sirurb já foi notificada sobre o caso e, inclusive, entrevistamos o engenheiro responsável e ex-subprefeito do Butantã, Regis Oliveira, que na época nos confirmou a conclusão da obra para o final do ano passado.
Segundo o engenheiro Marcelo Rosemberg, ligado ao Sinaenco (Sindicato de Arquitetura e Engenharia), boa parte do pavimento é da década de 50, quando as condições do tráfego eram outras. “Vias locais viraram grandes avenidas sem nenhuma adaptação”, ressalta.
Além dos buracos no asfalto e da falta de recapeamento total, a via está completamente às escuras, o que torna o trecho altamente perigoso durante a noite, tanto para pedestres como para os motoristas. Por ser uma avenida com inúmeros semáforos em toda sua extensão, as pessoas são obrigadas a parar o veículo em meio à escuridão, correndo o risco de serem assaltadas. Inclusive já foram registradas várias ocorrências de assaltos a pedestres e furtos a veículos na região por conta da falta de segurança.
A população pergunta, “até quando os serviços de reconstrução da via serão relegados a segundo plano, e quantos acidentes e atropelamentos precisam acontecer para que a Prefeitura tome real consciência do que está acontecendo”?
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