Silvia Vinhas BandSports |
A Seleção Brasileira Sub-20, campeã mundial na Colômbia, representará o Brasil nos Jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, de 14 a 30 de outubro. O vitorioso técnico Ney Franco continuará à frente da equipe. Coadjuvantes em seus clubes, essa nova geração de atletas que enfrentou bravamente a seleção de Portugal na final chama a atenção de Mano Menezes também na seleção principal.
Mano já relacionou o lateral Danilo, do Santos, para o amistoso de 5 de setembro contra Gana, em Londres. Um dos alvos do treinador, é o atacante Henrique, do São Paulo, artilheiro do Mundial, com 5 gols, e eleito o melhor jogador da competição. O técnico também deve dar oportunidades nos próximos meses a pelo menos outros três atletas: o goleiro Gabriel, do Cruzeiro, o volante Casemiro, do São Paulo, e o meia-atacante Oscar, do Internacional, grande nome da decisão do Mundial, autor dos três gols do Brasil. Phillippe Coutinho, da Inter de Milão, que já esteve no time de cima, também está de volta aos planos de Mano Menezes.
Desejo muita sorte a essa nova geração. Nos últimos anos, porém, a velha máxima de que “em torneios de base é melhor revelar jogadores do que ganhar títulos” vem sendo contrariada. Pelo menos 80% das promessas que se destacaram no torneio, não vingaram na carreira.
Só para citar alguns exemplos: Caio Ribeiro, hoje comentarista, melhor jogador em 1995, foi vendido para a Inter de Milão como craque, porém poucas vezes se firmou como titular nos clubes em que jogou. O Brasil foi campeão do Mundial Sub-20 em 1993, com jogadores que tiveram grande futuro, como Dida e Jardel. Mas o Bola de Ouro da competição, Adriano foi vendido para o futebol suíço e esquecido em clubes menores. Catê, outro que brilhou em 93, integrante do famoso “expressinho” de juniores do São Paulo que revelou nomes como Rogério Ceni, Denilson, Juninho Paulista e até de Muricy Ramalho como treinador, nunca passou de uma promessa. E outros nomes como Perdigão, promessa em 1977, Fabio Bilica, titular das copas de 2006 e 2010, e Alan Kardec, camisa 9 e artilheiro da Sub-20 em 2009, que não conseguiu se firmar em nenhuma equipe desde que deixou o Vasco.
Com a abertura dos novos mercados, esses garotos Sub-20 tem muita chance de jogar nos países emergentes do futebol e mudar essa história que mais parece uma “maldição”. Negociações milionárias de estrelas como a ida do camaronês Samoel Eto’o para o futebol russo abrem fronteiras inimagináveis…
Não há garantia de sucesso na carreira, mas o voo pode ser bem mais alto…e bem-sucedido.
Silvia Vinhas é apresentadora dos programas Magazine e Opinião Livre, dos canais Bandsports e TV UNIP, respectivamente.
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