sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Acidentes de motos aumentam na Rebouças

Rebouças foi a via de SP com o maior aumento em acidentes com motos desde 2006
Levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revela que acidentes de motos na Avenida Rebouças aumentaram 110% de 2006 a 2010. O índice é o maior entre as principais vias da cidade, superando até os das marginais do Pinheiros e do Tietê, líderes em ocorrências fatais envolvendo motociclistas.
Segundo técnicos da CET, a situação da Rebouças pode ser justificada pelo “crescimento generalizado de acidentes em algumas das vias principais da Capital”. Para associações de motociclistas, a característica da avenida propicia colisões e quedas, pois com o trânsito parado nos horários de pico, as motos desenvolvem grande velocidade nos corredores formados pelos carros. No trecho de declive entre a Avenida Doutor Arnaldo e a Rua Henrique Schaumann o risco é maior.
Para evitar acidentes, a CET implantou em 2008 na Rebouças a Faixa Cidadã. O objetivo da medida era indicar aos motoristas que havia uma faixa preferencial para a circulação de motos, que poderiam deixar de utilizar os corredores. Porém, a idéia foi criticada por técnicos de trânsito, considerando-a “ingênua”, pois dependia do bom senso dos paulistanos nas ruas. O projeto foi desativado pela CET devido a pouca adesão.
Motos e atropelados são maioria no HC
Estudo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP revela que atropelamentos e acidentes com motos são as principais causas de internação por traumas no pronto-socorro do Instituto Central. As vítimas de atropelamentos representaram 20,5% das internações por traumas, seguido por 19,5% de acidentados por motocicletas. Os dados são referentes aos atendimentos realizados no ano passado. Os homens são a maioria, 62,9% em atropelamentos e 89,3% dos acidentados com motos.
 “O número elevado de internações em decorrência de acidentes no trânsito, além de onerar todo o sistema de saúde, traz um comprometimento social e da esfera trabalhista”, explica o professor do Departamento de Cirurgia da USP, Fernando Leitão.

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