Enterramento diminuiria apagões em até 70% |
Com a chegada do período das fortes chuvas, os apagões na Capital tornam-se mais frequentes. No entanto, as quedas de energia poderiam ocorrer menos se toda a fiação elétrica da cidade estivesse enterrada, como está previsto na Lei 14.023/05, descumprida tanto pela AES Eletropaulo quanto pela Prefeitura de São Paulo, responsáveis pelo trabalho de cabeamento. A empresa privada, no entanto, é encarregada pela manutenção de 98% do sistema elétrico.
De acordo com a legislação municipal, 250 quilômetros da rede elétrica paulistana deveriam ser instalados sob o solo a cada ano. Mas a Eletropaulo, empresa privada prestadora de serviço público, executou apenas 1,3% dessa extensão em 2011. Entre os poucos locais que foram beneficiados pelas intervenções estão alguns trechos da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Para 2012, a região do Largo da Batata estará na lista das áreas da cidade privilegiadas por terem fios abaixo das calçadas.
Apesar de técnicos da empresa e da Prefeitura concordarem que se a fiação estivesse enterrada a ocorrência de apagões diminuiria em até 70%, dificilmente a meta da Lei 14.023/05 será atingida a cada ano. “A Eletropaulo afirma que o serviço é caro, e para isso teria de aumentar a tarifa. Por sua vez, a administração municipal diz que a concessionária é que deveria pagar”, diz o vereador Antonio Donato (PT), também presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Eletropaulo na Câmara Municipal.
As constantes panes na rede de energia da cidade fizeram com que a Eletropaulo recebesse diversas multas de órgãos fiscalizadores. Somente em 2011, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) aplicou mais de R$ 30 milhões em multas, e o Procon-SP, R$ 11 milhões.
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