No amplo comércio de Paraisópolis, comunidade de 100 mil habitantes na zona Sul de São Paulo, a variedade é grande. É possível encontrar Casas Bahia, Bradesco e Banco do Brasil ao lado de lojas locais, como a Gisele Presentes e o Sacolão Farias. E já há espaço reservado para TIM, Vivo e Santander.
“Até pouco tempo, o que abria na comunidade era comércio local, tirando exceções como Casas Bahia, loja que chegou em 2008”, diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio da comunidade. “Agora, o poder de compra cresceu e passamos por um grande processo de urbanização, o que favorece a entrada de empresas maiores”, completa.
Segundo ele, cerca de 20 empresas procuraram a União de Moradores nos últimos 18 meses para se instalar, ficando mais caro montar ponto nos endereços mais cobiçados.
Hoje, o aluguel do m² no centro comercial de Paraisópolis chega a custar R$ 125 por mês.
Na região da Oscar Freire (Jardins), onde estão várias lojas de grife, o valor mínimo de locação está em R$ 100 por m², podendo alcançar R$ 220, segundo levantamento da imobiliária Herzog.
O preço em Paraisópolis também é superior praticados nas avenidas Interlagos (R$ 75 o m²), Brás Leme (R$ 90) e Radial Leste (R$ 85).
Ao se instalar, as companhias contratam mão-de-obra local. “É uma forma de reforçar o vínculo com a comunidade e ajudar a desenvolvê-la”, diz André Caio, diretor da regional SP da Vivo, que pretende abrir as portas em Paraisópolis até o fim deste ano.
“Vale a pena o investimento”, diz Erika Cascão, diretora de vendas da TIM no Estado de SP, que planeja abrir a loja em Paraisópolis ainda em 2011. “Esses consumidores podem comprar. Hoje, eles estão carentes é de oferta”.
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