Uma ação civil pública do Ministério Público Estadual motivou a decisão para paralisação de 16 grandes projetos públicos, tanto do Estado quanto da Prefeitura, tocados em solo paulistano.
Entre eles, está o de construir as duas linhas de monotrilhos: a 17- Ouro, que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao terminal Morumbi da CPTM, e o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô até Cidade Tiradentes, na Zona Leste.
Mas a aposta em monotrilhos ainda pode render anos de controvérsia em São Paulo. Basta dar uma passadinha na altura do número 2.250 da Avenida Luís Ignácio de Anhaia Mello, na Zona Leste.
Lá já foram içadas as duas primeiras vigas-trilhos de um monotrilho da América do Sul – que farão parte da extensão da Linha 2 – Verde, da Vila Prudente até Cidade Tiradentes.
Com 30 m de comprimento (comparáveis a sete carros em fila) e 70 t cada, as vigas foram instaladas por dois guindastes a uma altura de 15m. Uma operação delicada, acompanhada pela cúpula do Metrô, pela imprensa e por alguns moradores com vista ‘privilegiada’ das varandas de seus apartamentos.
Nos próximos seis meses, 450 vigas serão instaladas sobre 107 pilares só nesse primeiro trecho – 64 já estão nas vias.
Impacto visual
Além do impacto visual, os opositores questionam os custos de construção e manutenção e a capacidade de atender à demanda superior a 40 mil passageiros/hora na região.
O Estado alega que a qualidade será semelhante à do metrô (com velocidade máxima de 80 km/h, sem poluir e com baixo ruído), com a vantagem da implantação mais rápida.
As obras do primeiro trecho começaram em 2010 e devem terminar no final de 2013. Com 2,9 km, ele liga as estações Vila Prudente e Oratório.
O restante da obra, estimada em R$ 2,8 bilhões, ainda depende de licenças. O segundo trecho (Oratório/São Mateus, de 10 km) é previsto para 2014. O último (São Mateus/Cidade Tiradentes, de 11 km), em 2016.
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