A combinação da falta de informações sobre as árvores e dias chuvosos preocupa a população. E, se continuar nesse ritmo, a Prefeitura levará mais de 50 anos para checar todas elas. Só em 2010, 970 árvores vieram ao chão, segundo o Corpo de Bombeiros. Embora o programa, batizado de Identidade Verde, tenha avançado pouco, os primeiros dados já mostram que a saúde das árvores vai mal.
As regiões do Alto de Pinheiros, City Boaçava, Butantã, Chácara Flora e City Lapa, locais onde há maior quantidade de vegetação, estão sujeitas a quedas constantes de árvores, provocando muitas vezes acidentes graves como ocorreu recentemente na Av. Giovanni Gronchi, onde uma mulher teve de ser socorrida pelos bombeiros após um galho de árvore cair sobre o pára- brisas de seu carro.
Impermeabilização, canteiro cimentado e poda mal feita – que abrem caminho para cupins e fungos – estão entre os problemas que levam as árvores a cair em dias de chuva e vento.
Programa anti-quedas
Segundo Sônia Ortega, agrônoma da Prefeitura, o Identidade Verde é um programa de longo prazo, para orientar o manejo de árvores.
Os 140 agrônomos da Prefeitura já foram treinados. Em 2011, eles atenderam 48 mil pedidos e fizeram 15 mil ações de manejo preventivo.
Além das 2.000 remoções, o programa ampliou 546 canteiros, podou 6.521 árvores e plantou 402 exemplares.
A especialista em arborização urbana da Esalq-USP, Ana Liner, considera o programa “louvável”, mas critica “falhas” no planejamento. “A Prefeitura está sempre correndo atrás do prejuízo”.
Segundo ela, há alternativas para melhorar o processo. Uma delas é avaliar primeiro as áreas com árvores mais velhas, que costumam ter mais problemas, e contratar empresas para ajudar a fazer a avaliação em toda a cidade.
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