Mesmo com a suspensão do afastamento do presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, pela Justiça de São Paulo, as obras da Linha 5 - Lilás ainda correm o risco de serem paralisadas novamente. Isso porque o desembargador Márcio Franklin Nogueira afirma “haver fortes indícios de fraude no processo licitatório do projeto”.
O desembargador liberou o retorno de Sérgio Avelleda ao Metrô apenas por considerar haver necessidade de indícios mais contundentes para o afastamento. “Respeito a culta magistrada de primeiro grau, mas para que uma providência de tamanha gravidade seja tomada deve-se levantar informações mais incisivas e precisas sobre o suposto envolvimento nas fraudes alegadas”, afirmou Nogueira.
Outro empecilho na Linha 5 é o bloqueio à continuidade do projeto executivo, que antecede as intervenções estruturais, como túneis e fundações. A juíza da 12ª Vara da Fazenda Pública, Sílvia Maria Meirelles, interrompeu a contratação do Lote 7 do ramal, entre as futuras estações Santa Cruz e Chácara Klabin, porque, segundo ela, as empresas derrotadas na licitação não tiveram acesso aos motivos pelos quais foram excluídas do processo, vencido pela empresa italiana Geodata.
As obras da Linha 5 - Lilás já haviam sido paralisadas com base nas investigações de um suposto conluio entre as construtoras responsáveis pelos lotes. O Ministério Público Estadual contesta as regras do edital de licitação, pois as empresas vencedoras já eram conhecidas antes da abertura dos envelopes, por meio de um documento registrado em cartório e obtido em abril de 2010 pelo jornal Folha de S. Paulo. O caso fez com que Sérgio Avelleda deixasse a presidência do Metrô.
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