Novo aumento representará R$ 19,5 milhões em novas despesas para a Capital |
Apesar da medida ser legal, é totalmente imoral e eleitoreira, pois afronta todos os paulistanos, que tem reajustes mínimos em seus vencimentos e se sentem abandonados e com “cara de palhaços” diante de mais uma uma farra com o dinheiro público. Interessante, que o atual mandatário do legislativo que já foi “o melhor vereador da gestão passada”, aprovou todas as medidas e com apoio total de seus pares, foi reeleito incontinente para dirigir novamente a nossa Casa de Leis.
A Câmara Municipal aprovou o novo aumento salarial de 236% para 122 cargos de chefia do Executivo, válido a partir de 2012, além de legislar de forma própria quase dobrando seus vencimentos. Entre os beneficiados pelo reajuste, aceito de maneira passiva pelos vereadores a pedido do executivo paulistano, estão os subprefeitos, que de R$ 6,5 mil passarão a receber R$ 19 mil, mas na maioria dos casos chegarão a R$ 35 mil, com a aposentadoria da PM. O pedido aprovado pelos vereadores também elevará os salários de funcionários comissionados, indicados sem a necessidade de concurso público. Ao invés de R$ 17 mil, eles receberão agora R$ 19 mil por mês.
O aumento concedido aos cargos de chefia deve resultar em R$ 19,5 milhões de despesas anuais para os cofres do Município. Dos 55 vereadores, 37 votaram a favor da medida proposta pelo prefeito. O teto constitucional para o funcionalismo na cidade é de R$ 24 mil, decretado em abril. A medida do executivo gera críticas da população, pois poderá refletir num efeito cascata, influenciando no salário de servidores de outras esferas públicas.
Segundo o prefeito Gilberto Kassab, os novos vencimentos beneficiarão os paulistanos. “O aumento é necessário para que os administradores públicos possam ter condições de deixar o setor privado e contribuir com sua competência para a cidade”. No entanto, os novos gastos revelam uma iniciativa incoerente, visto que as subprefeituras terão menos recursos em 2012, se comparados aos valores do primeiro ano da atual gestão, em 2008. Na época, as regionais receberam cerca de R$ 1 bilhão, valor semelhante ao de 2011. Porém, para o próximo ano, o orçamento para as administrações locais será menor.
Estas medidas impopulares e pontuais em favorecimento próprio, aumenta o descrédito da população com os políticos, que deveriam dar exemplo, lutar pela igualdade e legislar reajustes pela inflação vigente, como é feito para todos os cidadãos. Mas interesses, poder e favorecimentos ainda falam mais alto. Uma pena. Mais uma farra de dinheiro publico.
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