sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Editorial | Opinião - Criminalidade

Criminalidade: das ruas às universidades
O crime se generaliza e se difunde em outras classes sociais.  Quer na sua forma, efeito e objetividade. O leitor conhece muito bem os crimes superiores como homicídios, estupros, furtos, roubos, crimes contra o Estado, crime de colarinho branco, crimes eleitorais e outros. Mas agora os crimes estão mudando de formas e de objetivos. Estão indo para as universidades, como os que vêm sendo denunciados contra alunos - vestibulandos de medicina – na Universidade de Cuiabá, conforme reportagem de Fátima Lessa, no Oesp, em que alunos concorriam a vagas em medicina. Sete deles foram presos e indiciados por fraude, estelionato e formação de quadrilha.
Policiais disfarçados de fiscais flagraram alunos com celulares acoplados nos sapatos. A cola pelo celular foi descoberta e o aluno, líder do grupo, Fortunato Simões Franco, de 19 anos, foi preso em um bairro enquanto repassava as respostas por meios de toques nos celulares dos candidatos. O esquema era simples: um toque, letra A; dois toques, letra B; e assim por diante até E. A abordagem dos policiais disfarçados ocorreu quando os candidatos terminavam a prova. O preço de cada “serviço” era de R$ 20 mil.
Em São Paulo, na USP, 21 alunos estão sofrendo processo administrativo sujeitos a expulsão. Quatro universitários são acusados pela ocupação do prédio da reitoria, e outros 17, por utilizarem desde março um espaço na moradia estudantil pertencente à Coordenadoria de Assistência Social (Coseas).
Segundo reportagem do jornalista Felipe Mortara do jornal O Estado de S. Paulo, os protestos de alunos, funcionários e professores realizado no dia 31 de novembro último, foram feitos porque, segundo eles, não procedem estes processos administrativos contra os estudantes devido o acordo com a ex-reitora Sueli Vilela, professores e funcionários, em março de 2007, quando terminou a ocupação da reitoria.
A reportagem do Grupo 1 foi comunicada por telefone, que o atual reitor, João Grandino Rodas, deverá se manifestar sobre o caso, oportunamente.
O. Donnini, jornalista e advogado.

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