Crua ou esmaltada, a cerâmica dá origem a peças sofisticadas
O material cerâmico é ancestral, e hoje vem conquistando ainda mais o seu espaço nas modernas criações de designs brasileiros
As peças de cerâmica mais antigas são conhecidas por arqueólogos foram encontradas na Tchecoslováquia, datando de 24.500 a.C. Outras importante peças cerâmicas foram encontradas no Japão, na área ocupada pela cultura Jomon há cerca de oito mil anos, talvez mais. Peças assim também foram encontradas no Brasil na região da Floresta Amazônica com a mesma idade. São objetos simples. A capacidade da argila de ser moldada quando misturada em proporção correta de água, e de endurecer após a queima, permitiu que ela fosse destinada ao armazenamento de grãos ou líquidos, que evoluíram posteriormente para artigos mais elaborados, com bocais e alças, imagens em relevo, ou com pinturas vivas que possivelmente passaram a ser considerados objetos de decoração. Imagens em cerâmica de figuras humanas ou humanóides, representando possivelmente deuses daquele período também são frequentes. Parte dos artesãos também chegou a usar a argila na construção de casas rudes.
Em outros lugares como na China e no Egito, a cerâmica tem cerca de 5000 anos. Tendo destaque especial o túmulo do imperador Qin Shihuang e seus soldados de terracota.
Novas tecnologias
Por muitos anos, as placas cerâmicas foram conhecidas como sinônimo de requinte e luxo. Após a segunda Guerra Mundial, houve um grande aumento da produção de revestimento cerâmico, por consequência do desenvolvimento de novas técnicas de produção. Isso fez com que os preços começassem a baixar, possibilitando a uma faixa maior de classes sociais a condição de adquirir o produto cerâmico. Nesta época, as placas cerâmicas eram utilizadas primordialmente em banheiros e cozinhas.
Com o passar dos anos, a indústria cerâmica se desenvolveu com grande rapidez. Novas tecnologias, matérias-primas, formatos e design foram desenvolvidos, o que proporcionou a migração da cerâmica do banheiro e cozinha para outras partes da casa, aliás, acabou migrando também para fora dos portões das residências, indo para shoppings, aeroportos, hospitais, hotéis, entre outros locais.
No tocante da tecnologia atual, o uso da cerâmica não se restringe apenas aos tijolos refratários, mas também em aplicações aeroespaciais e de tecnologia de ponta, como na blindagem térmica de ônibus espaciais, na produção de nanofilmes, sensores para detectar gases tóxicos, varistores de redes elétricas, entre outros.
Do simples ao sofisticado
Difícil não reconhecer traços em comum entre os móveis e os objetos de uso cotidiano feitos de argila ou terracota. Para isto, exibem em geral, linhas simples e formatos essenciais.
“A cerâmica foi uma das matérias-primas que primeiro me vieram à mente enquanto eu vislumbrava a possibilidade de conceber uma coleção que fosse imune ao passar dos anos. Que não pertencesse às época nenhuma”, afirma o designer paulistano Marcus Ferreira, da Decameron, que acaba de lançar uma linha de mesas que agregam materiais alternativos à sua conecpção, entre eles a argila e o ferro; ambos em estado bruto.
Assim, tendo como base um aestrutura em ferro oxidado, nos novos móveis da Decameron a cerâmica surge crua, dipostan em placas de diferentes tonlaidades ou me elementos esculpidos à mão.
Acentuar ainda mais o contraste entre um desenho de calar vocação industrial e as inevitáveis irregularidades decorrentes do processo de fabricação e pintura da cerâmica foi o ponto de partida do designer Sebastian Wrong, ao desenhar a mesa lateral Bend, para amarca ingelsa Established & Sons.
“Apesar de toda a sua plasticidade e de aser uma matéria-prima de uso milenar, existe muito ainda a explorar, especialmnete em se tratando do desenho de móveis”, afirma os designers.
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