Os 16 chafarizes públicos paulistanos estão secos, pichados e em péssimo estado de conservação. Alguns, como a Fonte Monumental da Praça Júlio Mesquita e a Drusa do Anhangabaú, no centro, antigos pontos de encontro em meados do século passado, estão também pichados. Segundo a Secretaria de Serviços, responsável pela manutenção dos monumentos, são os furtos constantes dos equipamentos que fazem as fontes não funcionarem.
O secretário municipal Dráusio Barreto, afirma que desde que assumiu o cargo, há um ano e meio, vem tentando religar todos os chafarizes sob responsabilidade do município. “Mas basta a gente ligar que os equipamentos são roubados. Já tentamos diversas vezes”, diz.
Ele afirma que os vândalos e ladrões levam desde a bomba que faz a água circular para ser filtrada até os holofotes que iluminam as fontes durante a noite, sem falar nos registros, ralos e bicos das fontes.
O inspetor Sidney Pureza do Nascimento, comandante da área centro da Guarda Civil Metropolitana (GCM), afirma que os guardas trabalham mediante requisições e eles não foram orientados a fazer um circuito direcionado para os chafarizes. “Nunca chegou nenhum pedido específico em relação a eles”, diz.
Medidas contra o vandalismo
O inspetor afirma que é inviável manter policiais de guarda em frente a cada monumento. O efetivo da GCM é de 1, 2 mil homens.
O superintendente-geral da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida, afirma que é preciso encontrar novos modelos para diminuir os atos de vandalismo no centro. Ele sugere exemplos como as parcerias feitas em Nova York entre iniciativa privada e município. Cada empresa se responsabiliza por tomar conta de alguns recantos da cidade.
Outra alternativa são os gradis, espécies de cercas móveis usadas para deixar a população afastada dos monumentos em períodos de menor movimento. “É uma forma de proteção que diminui a necessidade de efetivo”, diz o superintendente.
A Secretaria Municipal de Cultura afirma que a Fonte Monumental, no centro, já está em fase de contratação e restauro, com investimento de cerca de R$ 400 mil.
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