Apesar de gabaritados, os novos síndicos continuam enfrentando desafios diários para manter a casa em ordem. Segundo o advogado Michel Rosenthal Wagner, especializado em direito imobiliário, condomínios são pequenas cidades inseridas na grande cidade, por isso é preciso escolher um bom administrador. É por isso que conhecimentos mínimos de administração, direito imobiliário, engenharia, informática, legislação e recursos humanos são bem-vindos.
Um síndico é um curinga. Podem exercer essa função um proprietário, um inquilino e até um profissional de fora do prédio. Seja quem for, ele se tornará o maior representante do condomínio.
Segundo o Secovi-SP, 50% dos que atuam na Capital têm curso superior completo e 10% fizeram pós-graduação. Para João Paulo Rossi Paschoal, assessor jurídico da entidade, o acesso à informação é um diferencial. “o síndico não é mais amador”, diz.
Síndicos mais jovens
A tendência apontada por especialistas é o síndico mais jovem (de 30 a 60 anos) e mais graduado (com ensino superior e pós). Nessa faixa, há dois extremos: o síndico novato (estreante na função) e o profissional (contratado pelo condomínio), com prós e contra para ambos.
O novato é inexperiente, mas muitas vezes se mostra mais interessado para ousar e inovar a administração do prédio. Já o profissional, também chamado de “gerente” de condomínios, é mais preparado para enfrentar a labuta burocrática.
Mas entre novatos e profissionais, os síndicos têm uma carta na manga: atualmente, 85% dos condomínios paulistanos contam com uma administradora contratada, que assumem determinadas funções do síndico.
Eleições no próximo mês
Boa parte dos condomínios faz assembleias para a eleição de síndico no próximo mês. A novidade é que, para deixar o cargo mais atraente, além de isentarem da taxa de condomínio, os prédios têm partido para o pagamento de bonificações – uma bolada adicional condicionada ao cumprimento de metas e boa avaliação.
“A ideia do bônus é nova. Aumenta a transparência da gestão, mas para dar certo, os prédios terão de aprimorá-la”, afirma José Roberto Graiche, proprietário da administradora do Up Side. E completa: ‘A avaliação do síndico deve ser mais criteriosa”.
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