A obsessão da equipe do Corinthians em conquistar a Libertadores já extrapolou o normal. Único título que falta ao clube, a jornada rumo à conquista sul-americana é capaz de paralisar talentos como Roberto Carlos e Ronaldo. O assunto já se tornou tabu entre os próprios torcedores. Quer deixar corintiano desestruturado, basta lembrá-lo a falta do título. No ano do centenário, o “Cem Nada” estampado nas principais capas de jornais doeu na alma, muito mais pela desclassificação da competição. O inconformismo ultrapassa o lógico e destrói as principais estratégias dos melhores técnicos. Os jogadores se cobram de tal forma que chegam ao exagero. As feições de Ronaldo e Roberto Carlos no final da partida contra o Tolima, no Pacaembu, eram de pura derrota. Astros de renome como eles não se conformam com essa derrota. Por outro lado, esses ídolos buscando incessantemente esse feito, demonstram garra e determinação e um comprometimento “fiel” com os resultados e com a profissão que escolheram.
Analisando o ponto de vista comportamental, os ídolos maiores emocionam a todos pela atitude guerreira deles no jogo, nos fazendo crer que ainda podemos acreditar nos ídolos poderosos financeiramente. Eles deram demonstração de luta, vontade, superação. No final, a decepção pela falta de um resultado positivo, foi, no conjunto da obra, um sinal, mesmo que adverso, que o amor à camisa e o compromisso com a torcida, comissão técnica, dirigentes e patrocinadores ainda existe.
Se por um lado a Libertadores se transforma numa das tarefas mais complexas, por outro, a consciência e comprometimento dos jogadores pela importância desta competição pode trazer uma harmônica relação de amor entre jogadores e torcida.
Quanto tempo o Corinthians levou pra construir um estádio, e agora tem o projeto pronto e consolidado? Diante deste espírito guerreiro é uma questão de tempo pro Timão conquistar este título tão sonhado, o de campeão da Taça Libertadores da América.
Se o medo paralisa o sucesso, a busca pela conquista nos desafia.
E vencer passa a ser consequência.
Silvia Vinhas é apresentadora dos programas Magazine e Opinião Livre, dos canais Bandsports e TV Unip, respectivamente. Fale com ela: leitor@grupo1.com.br
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