O destino do nosso lixo.
Leis são desrespeitadas
A Lei 15.244, de 2010, aumentou de R$ 500 para R$ 12 mil a multa para quem deixa entulho na calçada. Não conseguiu, no entanto, inibir a ação de pessoas que largam no passeio tudo o que não querem mais. O excesso de lixo deixado nas ruas Capital é apontado por ambientalistas e engenheiros como uma das causas das enchentes na cidade.
Garrafas plásticas, entulho e outros detritos são arrastados pela água das chuvas até córregos, rios e piscinões, onde contribuem para diminuir a vazão para dos cursos de água. A falta de fiscalização permanente e as brechas nos textos, porém, impedem o cumprimento da legislação.
Para especialistas, aumentar a multa e realizar operações especiais de fiscalização não resolvem o problema. “É claro que a multa num valor alto inibe as pessoas. Mas o problema está na efetividade da fiscalização. Ela tem de ocorrer todos os dias. Hoje as pessoas ainda não sentem medo de serem pegas, como ocorre, por exemplo, com radares de trânsito”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente notificou, desde o ano passado, 60 empresas que usam garrafas PET como embalagens de sues produtos. Dessas indústrias, 20 foram multadas em R$ 250 mil por não cumprir a lei que as obriga a dar destinação para a PET.
Piratas da reciclagem
Todos os dias, uma cena lamentável se repete pelas ruas da cidade. Horas antes da passagem dos caminhões oficiais, homens dirigindo Kombis ou picapes param os veículos praticamente no meio da rua, vasculhando com calma o lixo alheio deixando uma trilha de sujeira espalhada pela via. A Prefeitura, que teria de fiscalizar a ação dos “lixeiros piratas”, diz não saber quantos deles agem em São Paulo. Há suspeitas de que alguns desses “piratas” façam parte de grupos organizados que chegam a oferecer propina a porteiros de prédios em troca de sacos de lixo. Cenas assim se repetem por toda acidade, principalmente em regiões quem concentram lojas, bancos e escritórios.
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