Prefeitura perde quedas de braço com população
Os paulistanos gradualmente começam a aprender como lutar pelos seus direitos. Os resultados dessa nova postura da população, antes obrigada somente a aceitar as decisões do poder público, são as vitórias contra projetos de grande porte que poderiam alterar a paisagem e o cotidiano de moradores de várias regiões.
No entanto, em 2011, a Prefeitura de São Paulo pretende retomar algumas disputas com os paulistanos, organizados por meio de associações de bairro com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE) e Defensoria Pública. Entre os projetos a serem discutidos novamente está a implantação de um túnel para ligação entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes, uma das maiores ambições do prefeito Gilberto Kassab em sua gestão. No caso desta via subterrânea, orçada em R$ 2,7 bilhões, moradores dos bairros do Jardim Aeroporto e Vila Facchini se organizaram para adiar o projeto, que poderia desvalorizar os imóveis da região.
Outro caso de destaque é a construção de um piscinão em Pinheiros, avaliado em R$ 14,8 milhões, numa praça próxima à Rua Abegoária. Porém, os moradores locais conseguiram com auxílio do MPE e impedir que a região perdesse uma extensa área verde para que a obra fosse viabilizada. Em contrapartida para evitar as enchentes, eles sugeriram a ampliação das galerias.
Em Santo Amaro, a briga da Prefeitura é com a Associação da Comunidade Campo Grande, que conseguiu impedir a remoção de 300 moradias de uma favela no bairro de Jurubatuba para a implantação de uma avenida até M´Boi Mirim. Já em Paraisópolis, o problema é reintegração de posse de um terreno que impossibilita a continuidade do projeto habitacional da Prefeitura na favela.
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