“O modelo deve ser híbrido”, diz o secretário de Esportes Jorge Roberto Pagura na entrevista ao Grupo 1, em resposta à pergunta: "Qual é o foco central do modelo de esportes para o estado de São Paulo?
Segundo o secretário de Esportes, Jorge Pagura, na parceria iniciativa público-privada ao Estado cabe o papel de aumentar extraordinariamente o número de praticantes nos esportes em geral, com ênfase nos individuais. “Serão as escolas que proporcionarão o aumento da base da pirâmide dos praticantes procurando, como meta, buscar a qualidade na quantidade. O programa Parques na Cidade possibilitará tal iniciativa em todas elas”, ressaltou.
E os clubes, que representam nesse modelo híbrido? Algo como o antigo projeto denominado Clubes Olímpicos, que privilegiando esportes individuais representariam acréscimo de medalhas a disputar?
De acordo com o secretário, os clubes têm uma rotatividade na sua administração que alterna muito a política interna de incentivo ao esporte, além do que, associados não gostam, no geral, de subsidiar esportes de alta performance, preferindo o próprio lazer. “Bons exemplos são o Clube Pinheiros e o Minas Tênis, duas orientações pró-esporte competitivo”, diz. Acrescenta que a inclusão e a integração social se constituem na motivação principal para adoção do modelo através da criação de oportunidades para aumento de praticantes e depuração da qualidade através de “Centros de Excelência” e “Olho Clinico nos Talentos”, dois programas em curso na Secretaria de Esportes.
De outro lado cogita o secretário que a Bolsa Talento Esportivo (Lei 13.556/09 - valores de R$ 415,00 até R$ 2.490,00 mensais) constitui forte apoiador dessas ideias, em conjunto com a renúncia fiscal que só no ICMS prevê até 3% da arrecadação, conforme autoriza a lei vigente. Na renúncia fiscal é necessário que o governo, as empresas e os clubes se juntem para entender melhor o mecanismo de seu uso efetivo. “A falta de informações sobre esse sistema é patente”, afirma Pagura.
Sobre a abertura da Copa do Mundo em 2014 quanto a ser palmeirense, são-paulina ou corintiana, respondeu sério: “Estou confortável que a abertura será em Itaquera”, explicando que, como secretário, é membro na Comissão Paulistana da Abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Elenca entre inúmeras razões para tanto: a rede hoteleira, os transportes, os aeroportos e as rodovias, bem como as disponibilidades de serviços em turismo, inigualáveis em São Paulo, sem demérito para com as demais capitais brasileiras. Teremos por volta de 120 chefes de Estado e suas delegações; cerca de 3.000 convencionais na abertura, que por si só, fora turistas fãs do futebol, demandarão serviços de destacada qualidade na abertura da Copa, o que só São Paulo pode proporcionar em 2014.
Em relação à Olimpíada de 2016 disse: “Em termos de preparação é importante considerar a Olimpíada e a Paraolimpíada. Os atletas ganhadores de medalhas nos dois eventos representam verdadeiros espelhos trazendo exemplos de comportamento, de disciplina, de treinamento, enfim, de superação pessoal, tão necessários a todos nós cidadãos comuns. E a Secretaria já está tomando providências para preparar esses dois lados do maior acontecimento de todo mundo esportivo que marcará a evolução da vida esportiva no Brasil, com importantes consequências para todo o povo brasileiro”, concluiu.
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