Moradores do bairro do Morro do Querosene se rebelaram contra um muro erguido na Rua da Fonte.
A estrutura dificulta o acesso da população local a uma das nascentes do Córrego Pirajuçara, utilizada como ponto de descanso durante as viagens dos tropeiros do século 18, sendo considerada por historiadores como um fator importante para o início do desenvolvimento da região do Butantã. A comunidade do Morro do Querosene alega que a Rua das Fontes tem 85 metros de extensão, mas o muro isolou 45 metros da via, anexados à propriedade privada onde está situada a nascente. Ainda de acordo com eles, um processo de tombamento do terreno foi aberto pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico e Histórico do Município de São Paulo (Conpresp), o que impede qualquer tipo de construção até uma conclusão técnica do órgão.
Por outro lado, a família Basile, proprietária do terreno, afirma que as intervenções estão dentro das especificações legais e seguem as determinações da Subprefeitura do Butantã. Os Basile ainda afirmam ter um atestado do Instituto Adolfo Lutz comprovando a presença de coliformes fecais na fonte, ao contrário do laudo da Sabesp que indica boa qualidade da água para consumo, em posse dos moradores do Morro do Querosene.
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