Moradores e comerciantes da região Sudoeste de São Paulo estão preocupados com o grande índice de ocorrências policiais, onde tem crescido o número de assaltos a residências e sequestros relâmpagos, em que as vítimas são submetidas a humilhações, pressão psicológica, entre outros atos praticados pelos marginais.
Entre as regiões mais visadas pelas quadrilhas estão Pinheiros, Vila Madalena, Lapa, Jaguaré, Vila Leopoldina, Morumbi e Perdizes, onde foi baleado o ex-árbitro de futebol, Oscar Roberto de Godói. Para a presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Perdizes/Pacaembu, a advogada Anna Cláudia de Salles, os problemas no entorno da Rua Diana começaram depois que o patrulhamento na região deixou de ser feito pela 2ª Companhia do 23º Batalhão da Polícia Militar e passou para as mãos da recém-inaugurada 3ª Companhia do 4º Batalhão da PM. Segundo Anna Cláudia, a partir do momento que houve esta divisão os delitos se tornaram muito frequentes. “A companhia que está atendendo não tem viaturas e nem homens suficientes. Não há policiamento e nem prevenção. É uma área aberta para meliantes. Já tivemos vários roubos e furtos de veículos. Agora a situação se agravou”, ressalta.
No caso dos sequestros relâmpagos, o alvo geralmente são pessoas bem vestidas, com carro de luxo ou que sinalize um bom poder aquisitivo. Escolhida a vítima, os marginais levam a pessoa para fazer saques em caixas eletrônicos ou até mesmo para fazer compras com o cartão de crédito da vítima em hipermercados e shoppings da região.
Assaltos na Giovanni
No Morumbi, a situação é a mesma. Moradores e motoristas que passam pela Avenida Giovanni Gronchi continuam preocupados com as constantes ocorrências de assaltos e sequestros “relâmpagos” nas imediações. Pessoas são assaltadas constantemente, em plena luz do dia, sem que apareça um único policial para impedir o delito. Semanas atrás um engenheiro de 56 anos que trafegava pela Giovanni foi baleado com um tiro no peito ao parar em um dos semáforos. Nesta semana, um casal foi assaltado. Casos como estes vêm se repetindo há bastante tempo no bairro. Apesar da divulgação da PM e das promessas da 5ª Companhia do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (16º BPM/M) em reforçar a segurança na região, as ocorrências mostram que o Morumbi está abandonado e as entidades e a população continuam revoltadas com o descaso e a total falta de sintonia da PM com a Polícia Civil, onde há crítica à atuação uma da outra, e nada é feito de concreto. Uma lástima para a população de São Paulo!
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