A Avenida Chucri Zaidan, nas valorizadas regiões do Morumbi e Brooklin, será estendida por 3,4 km até a Avenida João Dias, em Santo Amaro. Ligada à Avenida Luis Carlos Berrini, formará um corredor paralelo à Marginal Pinheiros.
Em um trecho de 1 km, a avenida terá duas pistas na superfície e outras duas no subsolo, cada uma com duas faixas. As pitas subterrâneas serão vias expressas, para quem está de passagem. Já as da superfície terão corredor para ônibus e tráfego local, com acesso a outras vias.
Apesar da estratégia, a obra vai desapropriar 180 imóveis, numa área de 123,6 mil m2 (17 campos de futebol), semelhante à Linha 17-Ouro do Metrô, também na zona Sul, que terá 21,6 km. Segundo Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, a obra lembra a forte resistência nos anos 1990 dos moradores de Alto de Pinheiros, Pinheiros e Vila Olímpia ao prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima. “Claro que vai dar encrenca, os projetos não são lógicos e o estudo de impacto ambiental do EIA-Rima aponta resistência por parte de habitantes de favelas e movimentos sociais por moradia”, diz.
O detalhamento da obra foi oficializado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) no projeto de Lei 25/11, enviado à Câmara no último dia 27. O projeto detalha ainda outras duas intervenções previstas na Operação Urbana Água Espraiada. Uma é o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho até a Rodovia dos Imigrantes e a outra é a construção de uma nova ponte sobre o Rio Pinheiros, na região do Parque Burle Marx, entre as pontes do Morumbi e João Dias.
Durante as obras, haverá intervenções em 48 ruas e avenidas, além de escavações feitas pelo tatuzão, o mesmo usado no Metrô.
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