As obras de revitalização do Largo da Batata devem ser retomadas no segundo semestre, e entre as principais intervenções programadas estão o aterramento da fiação elétrica e a padronização das calçadas. O reinício dos trabalhos consiste na segunda fase do projeto, que inclui ainda a implantação de quatro novas ruas e a finalização de um terminal de ônibus anexo à Estação Pinheiros do Metrô.
Com um orçamento de R$ 140 milhões, a revitalização do Largo da Batata deve ser concluída em um ano e meio, com a entrega prevista para o final de 2012. A Avenida Brigadeiro Faria Lima e as ruas Sumidouro, Paes Leme, Butantã e Teodoro Sampaio terão a fiação elétrica aterrada e as calçadas padronizadas, sendo que outras 14 vias também terão o passeio reformado.
No plano de revitalização do Largo da Batata também consta a implantação de um calçadão na Rua Cardeal Arcoverde, que substituirá o leito viário, permitindo apenas a circulação de pedestres. A restrição do tráfego acontecerá em dois quarteirões da via, situados nos dois lados da Faria Lima.
Outras intervenções viárias também serão realizadas, como a abertura de novas ruas, entre a Teodoro Sampaio e o calçadão da Cardeal, e entre a Butantã e a Padre Carvalho. Já as ruas Capri, Eugênio de Medeiros e Sumidouro serão alargadas para permitir o melhor fluxo do trânsito, pois serão utilizadas pelos ônibus do terminal. Os largos de Pinheiros e da Batata serão unificados por meio de uma explanada e da alteração do traçado da Rua Fernão Dias.
O projeto de reurbanização do Largo da Batata foi desenvolvido em 2001 pelo arquiteto Tito Lívio, porém, sua execução só foi iniciada em 2007, sendo paralisado em 2009 para análises arqueológicas no solo da região. Poucos meses depois, a Prefeitura parou as obras novamente, dessa vez, devido à escassez de recursos para serem finalizadas.
Árvores não resistiram
Mudas de jabuticabeira e araucária, árvore símbolo do bairro de Pinheiros, que foram plantadas em 2008 pela Prefeitura como forma de compensação dos impactos ambientais da requalificação urbana do Largo da Batata, não tiveram vida longa. O vandalismo e a falta de fiscalização municipal são os principais motivos para a morte dos exemplares.
Apesar da forma democrática e justa de seleção (concurso público de arquitetura) do projeto, há um consenso entre arquitetos e urbanistas de que a melhor proposta era a do escritório "Projeto Paulista", que ficou em segundo lugar. O que está sendo executado atualmente não é a proposta original do arquiteto Tito Lívio (que venceu o concurso), mas sim um monstrengo que mistura trechos do projeto vencedor, com o segundo e terceiro lugares. Ou seja, a consistência e coerência de cada projeto, virou um "Frankstein", com o aval do Tito Lívio. Apesar dos pesares, é importante que essas obras sejam concluídas o quanto antes.
ResponderExcluir