Notícias divulgadas na imprensa sobre mapeamento feito pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) revelam que cerca de 31 mil pessoas que moram no entorno do Aeroporto de Congonhas são afetadas pelo ruído dos aviões.
De acordo com a pesquisa, são 9.951 casas, concentradas principalmente em Moema, Jabaquara e Itaim, além de hospitais e escolas (30) considerados “receptores críticos”. O estudo mostra também que, em alguns casos, o pico de ruído de 96 decibéis, é capaz de ensurdecer uma pessoa.
O estudo foi apresentado à Justiça Federal para subsidiar processo judicial que discute o ruído na vizinhança de Congonhas.
Os moradores defendem a restrição em até duas horas (pela manhã e à noite), o funcionamento do terminal, que hoje opera das 6h às 23h. Infraero, ANAC e empresas aéreas são contra.
Entre as propostas da ANAC estão à redução de potência na decolagem assim que o avião atingir 240m; isolamento acústico das casas mais afetadas, o que custaria de R$ 5.000 a R$ 7.500 cada uma; remanejamento de voos fretados nos horários de maior incômodo e organização dos voos aos finais de semana. Das sugestões, a mais complicada é o isolamento acústico das casas. As empresas aéreas afirmam que não bancarão o investimento.
A partir deste estudo, a Justiça pode obrigar as partes envolvidas (ANAC, empresas aéreas, Infraero e moradores) a cumprir as sugestões propostas.
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