Enquanto a população paulistana cresceu 7,9% na última década, a do centro de São Paulo aumentou 15,4%, um ganho de 63.774 habitantes. Boa infraestrutura, facilidade nos deslocamentos e uma rede de serviços foram redescobertos por quem escolheu morar em locais como Sé, República, Santa Cecília e Bela Vista.
Entre os dez distritos centrais da capital paulista, apenas um, a Consolação, teve um aumento de população menor que a média da cidade. Mesmo assim, cresceu 5,2% - mais que Pinheiros, por exemplo, com (3,8%).
A Vila Andrade, na zona Sul, foi o distrito da capital que mais cresceu na última década. A população do bairro subiu cerca de 72%, saltando de 73.649 para 127.015. No mesmo período, a cidade registrou um incremento quase dez vezes menor – de 7,8%.
Vizinho da Vila Andrade, o bairro do Morumbi, também na zona Sul, registrou um crescimento de 35%, passando de 34.588 moradores para 46.957.“A Vila Andrade está perto do Morumbi, que também teve um crescimento significativo, e, ao que parece, com muitos lançamentos para a classe média na última década”, avalia o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, Luiz Guilherme Castro, especialista em planejamento urbano. O distrito com o maior número proporcional de imóveis vagos atualmente é o Belém, entre o Centro e a zona Leste, com 19,3%. Depois vem Santo Amaro (18,8%), Barra Funda (18,3%) e Jardim Marsilac (16,6%). No oposto estão Jardim São Luís (3,4%) e Jardim Helena (3,5%).
Os dados, presentes no Censo IBGE 2010, mostra os entraves e as possíveis soluções para o problema habitacional paulistano – no total, há na Capital 712 mil famílias sem moradia, incluindo habitações irregulares com favelas e cortiços.
O Censo 2010 também mostra que são as cidades médias – de 100 mil a 500 mil habitantes – que ganham mais participação na população do País. Já as pequenas (com até 10 mil habitantes) e as grandes (acima de 5 milhões) reduzem sua participação.
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