Áreas nobres da capital paulista como o Panamby, Cidade Jardim, Real Parque e Morumbi não dispõem de rede coletora de esgoto, fazendo com que todos o dejetos sigam pela tubulação da Sabesp indo cair diretamente no Rio Pinheiros sem nenhum tratamento.
Região de classe A planejada por construtoras no final da década de 80 às margens do rio, o Panamby ainda não dispõe da tubulação para levar os dejetos até uma estação de tratamento. Seria a perfeita legação entre o boom imobiliário e a preservação ambiental não fosse o fato de o esgoto produzido pelos moradores da área nobre ser levado diretamente para o Rio Pinheiros. Com isso, a água suja que sai de apartamentos que podem custar até R$ 5 milhões segue in natura dentro de tubos até o rio poluído.
Obras à vista
O problema vem sendo discutido pelas associações de bairro e só será resolvido com uma obra da Sabesp. A Companhia de Saneamento prevê começá-la até o fim do primeiro semestre. A obra custará R$ 29,3 milhões e inclui a construção de coletores-tronco que se conectam ao interceptor. No total, serão 7,5 km de tubulação. Uma reunião entre técnicos e moradores deve ocorrer em breve. O Panamby, que continua ganhando empreendimentos luxuosos, pertence à Vila Andrade, distrito que mais cresceu (72%) em São Paulo entre 2000 e 2010, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A poluição dos rios costuma ser associada ao crescimento de favelas, mas também é problema de áreas nobres. A favela Paraisópolis, segunda maior de São Paulo e próxima ao Panamby, tem parte de seu esgoto tratado.
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