sexta-feira, 6 de maio de 2011

Finais sem previsão

Silvia Vinhas
BandSports
Dizem que jornalista tem que ser além de ético, isento, principalmente quando o assunto é futebol. Cresci na Vila Belmiro, vivi grandes momentos de glória do Santos, com meu pai. Tenho dois irmãos, mas era eu quem ia ao estádio carregando bandeira, encantada com a emoção de estar em uma torcida. Se o Santos ganhava, a Praça da Independência era o ponto de encontro certo para grandes comemorações sem hora para acabar. Não sei se o que me fascinava era o Santos ou estar ao lado de meu pai torcendo pelo time. Um momento inesquecível, latente na memória a cada final disputada pela equipe alvinegra praiana.
O Corinthians chama a atenção pelo espírito guerreiro e de frequentemente virar o jogo no último minuto do segundo tempo. Ao mesmo tempo que tortura, surpreende as grandes massas com um público acostumado a dificuldades e desafios que se misturam às conquistas cotidianas. O coração cansado de sofrer do torcedor corintiano se refaz a cada vitória,  a cada derrota, exercitando  poder de resiliência insuperável e incansável. Uma paixão irracional diferente das outras. Identifico-me com isso.
E pra completar minha total impotência emocional em previsões diante dessa decisão do Paulistão 2011, sou amiga pessoal de Muricy Ramalho e Andrés Sanches. Admiro os dois, cada um dentro da função e missão que exercem. Pessoas humanas e diferenciadas. Espíritos evoluídos, guiados e escolhidos. E comprometidos com seus clubes.
Existe uma enorme diferença entre fazer bem ou simplesmente fazer. E o que conta é o coração. O segredo é fazer com amor e dedicação. O resultado será sempre o melhor.
Então, que vença o melhor!
Silvia Vinhas é apresentadora dos programas Magazine e Opinião Livre, dos canais Bandsports e TV Unip, respectivamente. Fale com ela: leitor@grupo1.com.br

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