Após o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, no estacionamento da Faculdade de Economia da USP na semana passada, houve uma determinação da direção da faculdade para que os alunos não fiquem dentro dos veículos. Os estudantes agora evitam parar os carros ali e adotaram o costume de ir em grupos até os seus veículos.
O reitor da USP, João Grandino Rodas, defende a atuação da Polícia Militar no campus, o que é motivo de debates entre os alunos. A PM planeja promover ações específicas para a universidade, como reforço do patrulhamento próximo aos estacionamentos, rondas policiais de bicicleta de dia e policiamento a pé na área das agências bancárias do campus no Butantã. A instalação de base comunitária também é estudada.
O aval para a PM atuar dentro da Cidade Universitária foi concedido pelo Conselho Gestor do Campus da USP, em reunião extraordinária com o reitor. Após a decisão quase unânime – dois dos 40 conselheiros votaram contra -, uma nova reunião deve ser convocada para definir como será e quando entra em vigor a parceria com a PM.
“Será elaborado um protocolo para definir os limites da ação policial e a polícia estará no campus o mais rápido possível”, disse o presidente do Conselho Gestor, José Roberto Cardoso.
Para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, que votou contra a presença da PM, trata-se de “medida oportunista”. “A cidade toda é policiada e não é isso que resolve a questão”.
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