Depois do silêncio da Sabesp, presidida por Dilma Pena, é a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, que tem como secretário Edson Giribone, que faz vistas grossas para as supostas denúncias de irregularidades. Deputados como Geraldo Cruz e Carlos Zarattini protestam e denunciam no plenário. Vereadores paulistanos, como Aurélio Miguel também querem ouvir a estatal e apurar os serviços de qualidade duvidosa oferecidos à população. Após inúmeras matérias publicadas em todos os jornais do Grupo 1 (Gazeta de Pinheiros, Jornal do Butantã, Morumbi News, Tribuna de Santo Amaro e São Paulo News), fundamentadas e sem nenhuma resposta por parte da Cia. e Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a comunidade da região Sudoeste solicitou aos deputados estaduais estudos para a realização de CPI na Assembleia Legislativa a fim de apurar supostas irregularidades na Sabesp, com prejuízos a toda a população de São Paulo, devido a taxas duplamente cobradas (fornecimento de água e “afastamento” de esgoto e sem tratamento adequado, despejado in natura nos rios Tietê e Pinheiros) e com serviços de qualidade duvidosas do anunciado. Foram enviadas as matérias “Por que a Sabesp continua jogando esgoto in natura no Rio Tietê, publicada em 6 de maio do corrente; “Esgotos de áreas nobres são despejados pela Sabesp no Rio Pinheiros”, de 13 de maio; “Crise crônica no abastecimento de água da zona Sul”, de 26 de março; “Esgotos in natura são despejados em córregos e rios”, de 18 de março e “Billings recebe 400 toneladas de lixo por dia, mais metais pesados. Tratamento ‘purifica’ a água?“, de 27 de outubro de 2010.
Segundo o ex-prefeito de Embu das Artes e deputado estadual Geraldo Cruz, já foram feitos requerimentos de informação ao governo do Estado sobre o assunto e também denunciado a situação no Plenário. “Faremos isso novamente com base nas reportagens produzidas pelo Grupo 1. Quanto à CPI, conforme temos informado, são necessárias 32 assinaturas para sua instalação. Ocorre que não temos na Casa este número de deputados dispostos a proceder investigação sobre temas de responsabilidade do governo estadual. Por outro lado, a bancada de apoio do governo ocupou a pauta de CPIs com temas que não são de interesse público, de maneira que o Ministério Público suspendeu a instalação delas. Como vê, há muito por fazer no campo político, mas também no campo da informação - a população precisa ser informada dos limites políticos impostos ao Parlamento. Dessa forma, reitero o compromisso de continuar utilizando todos os meios internos da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para garantir que a Sabesp cumpra seu papel”.
Em visita ao Grupo de Jornais, o deputado federal Carlos Zarattini revelou que conseguiu junto ao governo federal R$ 50 milhões para canalização do Córrego Pirajuçara (a partir da Sharp até a nascente na divisa com o município do Embu), dinheiro este em poder da Sabesp já faz dois anos, mas até o momento nem um projeto foi iniciado pela companhia, que também recebeu R$ 1 bilhão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, e também não está sendo utilizado.
Segundo o deputado, caso o dinheiro não seja logo empregado para o que foi proposto, deverá ser devolvido aos cofres do Tesouro Nacional e, se isto acontecer, a população será fortemente prejudicada. O deputado Zarattini confirmou ter enviado esta semana nossas publicações aos companheiros deputados do PT na Assembleia Legislativa, para a possível CPI.
Finalmente, o que mais causa estranheza à população é o silencio da presidente Dilma Pena, que era a secretária de Saneamento até o ano passado, posto que foi ocupado na atual gestão, hoje Secretaria de Energia, pelo deputado José Aníbal. A Sabesp hoje responde à nova Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, que tem como secretário Edson Giribone e como adjunto Rogério Menezes.
Na Câmara Municipal, o vereador Aurélio Miguel já levou o assunto à Comissão de Constituição e Justiça, e denunciou no Plenário e na TV Câmara. Os edis do Legislativo agora querem os esclarecimentos de tudo o que está ocorrendo na Sabesp e as razões da falta de investimento no setor de tratamento de esgotos, o que a torna a maior poluidora de nossos rios e córregos.
O manifesto já foi protocolado na Ouvidoria do Estado sob nº 305001 no dia 24 último. A análise e seu trâmite (ou andamento) poderão ser acompanhados pela internet no link:
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