sexta-feira, 9 de março de 2012

Casar é a nova onda no cenário paulistano

Se unir a alguém em cerimônia religiosa está mesmo em alta. Somente em São Paulo, o mercado de prestadores de serviço para casamentos cresceu cerca de 400% nos últimos cinco anos, segundo dados da Abrafesta (Associação dos Profissionais, Serviços para Casamentos e Eventos Sociais).
Mesmo com as uniões consensuais abocanhando espaço entre casais, os paulistanos não arredam o pé em formalizar o vínculo: de 2000 para 2010, aumentaram em 41% os registros de casamento civil na Capital, segundo o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mas casa vez mais são divorciados e viúvos que trocam as alianças. Se em 2003 a união de solteiros somava na cidade 84,5% do total, em 2010 elas caíram para 79,8%, diante de uma fatia de 20,1% de noivos que já passaram das primeiras núpcias.
Onde se casa mais em nossa região
Nossa Sra. do Brasil – Neste mês de março a igreja vai abrir a segunda agenda para 2014. A taxa é de R$ 2.500 e não inclui decoração. Praça Nossa senhora do Brasil, 1 – Jardim América. Tel.: 3082-9786. www.nossasenhoradobrasil.com.br
Paróquia Nossa Senhora Mãe do Salvador Cruz Torta – A igreja recebe 270 pessoas sentadas, para cerimônias de segunda a sábado. Av. Professor Frederico Hermann Júnior, 105 – Alto de Pinheiros. Custa R$ 1.500. Oferece salão para 300 pessoas em pé e 180 sentadas. www.cruztorta.com.br
 São José do Jardim Europa – As noivas têm que dividir a decoração, que é feita por empresas credenciadas. O valor de R$ 2.300 pode ser parcelado em três vezes. Rua Dinamarca, 32 – Jardim Europa. Tels.: 3082-2677 e 3085-1506.
São Pedro e São Paulo – Capacidade para 250 pessoas sentadas. A taxa do espaço é de R$ 2.000 e ainda há algumas datas para este ano. Rua Circular do Bosque, 31 – Jardim Guedala, zona Oeste. Tel.: 3813-4183. www.paroquiaspsp.com.br
Um reverendo liberal
Em se tratando de casamento, o reverendo Aldo Quintão (foto) é polêmico e porque não dizer, liberal . “Sou contemporâneo”, diz ele, que é casado há 23 anos e tem um filho de 22. Na Catedral Anglicana, em Santo Amaro, o brasiliense conquistou fieis com um discurso sem restrições. Já celebrou mais de 3.000 casamentos e para este ano, não há vagas nos dias mais procurados.
Segundo o sacerdócio, o maior pecado paulistano é o individualismo, que se traduz na insensibilidade diante dos dramas sociais. “Precisamos de mais solidariedade. Parece óbvio, mas é muito difícil encontrar isso em uma cidade como São Paulo”.
Sobre casamento gay ele diz: “Já fiz mais de 3.000 casamentos, 90% em São Paulo. Casei evangélicos, hindus, judeus, muçulmanos, grávidas, desquitadas e por aí vai. Casamento gay? Farei assim que a lei permitir”.

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