A reforma no pavilhão principal da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), com mais de um ano de atraso, deve finalmente agora sair do papel. A obra vai exigir a mudança dos comerciantes para tendas provisórias e espaços improvisados no estacionamento.
O fim da obra está previsto para março do ano que vem, mas a administração da Ceagesp garante que será feita em etapas, para não prejudicar o comércio.
Construído há mais de 40 anos, a infraestrutura precária do pavilhão, chamado Mercado Livre do Produtor (MLP), compromete a segurança dos comerciantes e compradores. Segundo permissionários, blocos de cimento caíram do teto em cima de caminhões com mercadorias e clientes se acidentaram por causa de buracos no chão. Além disso, o sistema de proteção contra incêndio é defasado, há infiltrações, fiação exposta e ferrugem nas pilastras.
O Ministério Público Estadual também acompanha a situação do entreposto - questionado sobre o atraso das obras, o MPE afirmou que até agora “as diligências estão sendo cumpridas”, e que o “procedimento de reforma está em andamento”.
Em março de 2010, a Ceagesp colocou telas de proteção no teto do MLP e a interdição total do pavilhão chegou a ser cogitada. Depois de uma vistoria feita pela Subprefeitura da Lapa, que constatou as más condições do pavilhão, o Ministério Público Estadual ordenou reforma imediata.
A CEAGESP vai reorganizar o local da Feira de Flores, dos varejões e das verduras. Os comerciantes da Feira de Flores serão acomodados em uma cobertura localizada no estacionamento E8. Já os comerciantes de Verduras serão locados em uma cobertura próxima ao final do Mercado Livre.
Nos dias 3 e 4 de março, os feirantes dos varejões de sábado e domingo serão acomodados no mesmo local. Para minimizar os transtornos na comercialização, a obra será feita gradativamente. Desta forma, os comerciantes que estarão no espaço em reforma serão acomodados em coberturas próximas ao pavilhão. Quando terminar esta etapa, os feirantes retornarão aos seus locais tradicionais de comercialização. Depois, o grupo seguinte passará pelo mesmo processo.
A obra, estimada em R$ 14,5 milhões, está sendo feita com uma ajuda de custo de R$ 11 milhões do Ministério da Agricultura.
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