sexta-feira, 16 de março de 2012

Ricardo Teixeira e arbitragem

Salvio Spinola
Ex-arbitro da FIFA
Depois de 23 anos acaba a gestão de Ricardo Teixeira na CBF. Fui árbitro de futebol durante 20 anos e pertenci ao quadro de árbitros da CBF por 16 anos. Minha primeira partida interestadual foi no Campeonato Brasileiro da série B, no ano de 1995, no jogo América MG X ABC de Natal. É um grande crescimento na carreira do árbitro fazer parte do grupo seleto de árbitros que atuam em jogos do campeonato brasileiro. Para dar uma referência, a Federação Paulista tem aproximadamente 800 árbitros e somente 40 fazem parte do quadro nacional de árbitros. Para fazer parte deste quadro depende, primeiramente, de vagas, depois, de boas atuações e aprovação nos testes físicos e de conhecimento de regras. Nos meus 16 anos de árbitro da CBF nunca falei com o ex-presidente, nem pessoalmente nem por telefone. Nunca o encontrei em eventos, cursos, seminários, competições, estádios, vestiários, etc. Esta foi a forma como ele gerenciou a arbitragem em todos estes anos, com distância.
Pergunta de leitores:
O leitor Marcelo Pimentel, de Itaquera, pergunta:
“Porque nos jogos da Copa Libertadores a torcida joga objetos no campo e não acontece nada”? Ocorre que não há uma regulamentação na América do Sul. No Brasil isto acabou com a Lei Federal que regulou o Estatuto do Torcedor com punições severas aos clubes. Para acabar com estas atitudes é necessário punir, em jogos da Copa Libertadores a CONMEBOL que tem que punir.
O leitor Sérgio Soares, do Itaim, pergunta:
“O jogador pode se apoiar na trave para ter um impulso e pular mais alto que o adversário”? Não. A regra não permite que o jogador utilize de nenhum artifício que o ajude. Também não pode segurar no poste da bandeirinha de escanteio para se apoiar quando estiver com a bola. Se isto ocorrer o árbitro tem que marcar tiro livre indireto.

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