Na sua essência, as Remoções Psiquiátricas correspondem ao atendimento emergencial de pacientes psiquiátricos realizado fora do ambiente hospitalar. Também conhecido como resgate, diversas são as situações que necessitam de uma intervenção dessa natureza como, por exemplo, tentativas de suicídio, abusos de substâncias, depressão, quadros psicóticos, violência ou outras mudanças de comportamento. Os procedimentos de uma Remoção Psiquiátrica, normalmente consistem na estabilização do estado alterado do indivíduo e seu transporte em segurança para a unidade de tratamento adequada (hospital especializado ou clínica de recuperação).
Qualquer prestador de serviço pode fazer uma Remoção Psiquiátrica?
Não. Por se tratar de um momento onde a saúde da pessoa está em risco, as Remoções Psiquiátricas devem ser realizadas somente por enfermeiros especializados em psiquiatria e médicos psiquiatras, profissionais prontos para estabilizar o quadro do paciente. O psiquiatra, aliás, é o único habilitado para realizar o exame físico e mental desse paciente e prescrever, se necessário, a medicação que diminua uma possível agitação psicomotora ou sintomas de uma crise psicótica.
A família deve estar presente no momento da remoção?
Além de buscar informações sobre todos os procedimentos, é importante que a família esteja presente durante a realização da Remoção Psiquiátrica. Acompanhar as ações da equipe proporciona ao processo um caráter terapêutico e possibilita mais segurança ao paciente.
O paciente deve usar camisa de força?
Em nenhum momento. Caso o paciente se coloque em situações que apresentem risco para si mesmo, para a família ou a equipe da remoção, pode ser necessário o uso de faixas de contenção. Diferente das camisas de força, as faixas de contenção são instrumentos qualificados para esses procedimentos e são também utilizados em hospitais e clínicas. A contenção física deve ser o último recurso e somente o médico psiquiatra deve prescrever esse procedimento.
Quando e como é preciso usar medicação?
Diversas são as medicações utilizadas na prática de uma remoção psiquiátrica, mas são poucos os pacientes que realmente precisam ser medicados no momento da remoção psiquiátrica. É importante lembrar que muitas pessoas possuem outras comorbidades como hipertensão arterial, diabetes, alergias a medicamentos, etc.. Somente um médico psiquiatra pode avaliar o paciente e prescrever uma medicação se necessário, seja ela comprimido ou injetável e em nenhum momento o paciente ser sedado. É preciso apenas minimizar os sintomas e estabilizar o quadro psiquiátrico do paciente para uma remoção segura e tranquila para todos os envolvidos.
Dr. Antonio Juviniano Santana de Aragão - CRM/SP 119.339 - Psiquiatra e Psicoterapeuta
Associado da ABP - Colaborador IPq - HC FMUSP - Proprietário e Responsável técnico da MENTAL®
(www.mentalsp.com.br)
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