Nas décadas de 70/80, nas TVs, rádios e jornais, o Ministério da Saúde e Educação fazia campanha da figura de um sujeitinho chamado “Sujismundo”. Era um cara que jogava lixo no chão (cigarro, papel e urinava nos vãos dos prédios). Um perfeito sujo. A campanha surtiu efeito durante muitos anos a ponto de um dia, meu filho de 9 anos, ao ver uma mulher jogar papel na rua, gritou: “Sua sujismunda!!!”
A campanha nos governos posteriores desapareceu e o brasileiro continua jogando ponta de cigarro, papel e outros objetos na rua e fazendo xixi nos muros e vãos de prédios.
No Rio de Janeiro, neste carnaval, a polícia prendeu dezenas de mijões, que se aliviavam em vias públicas. O crime? Atentado ao pudor.
Assim é em todo o Brasil. Ao invés de campanha, o governo prende. A campanha do tipo “sujismundo”, segundo experts em mídia, custa bem menos do que um sujinho na cadeia.
O. Donnini, jornalista
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