Os paulistanos que irão ficar na Capital durante o Carnaval esperam que as fortes chuvas não comprometam o feriado. Nos últimos dias, entre domingo (27) e ontem (3), os temporais castigaram a zona Oeste, a mais afetada de São Paulo desde 2004, de acordo com registros do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). Dados do órgão indicam que no período de sete anos a região teve mais de 2 mil pontos de alagamentos, o equivalente a uma ocorrência por dia. Os distritos mais críticos são Pinheiros, Butantã, Perdizes, Barra Funda e Lapa; com áreas de enchentes, queda de árvores e moradias destruídas.
Em Pinheiros, os ventos derrubaram uma árvore na Avenida Pedroso de Moraes, interrompendo o trânsito sentido Avenida Rebouças. As ruas Joaquim Antunes, Fradique Coutinho e Artur de Azevedo, mais uma vez alagaram em alguns trechos. O cruzamento das avenidas Rebouças e Brasil ficou intransitável, obrigando aos motoristas a circularem na contramão à procura de alguma rota de fuga pelas vias transversais.
Na Vila Madalena, o Córrego das Corujas transbordou e invadiu algumas casas, o que não acontecia há dez anos. Também no bairro, crateras se abriram nas ruas Abegoária, Cipriano Jucá e Medeiros de Albuquerque devido às galerias pluviais deterioradas, que recebem um volume de água além da capacidade que comportam.
Já o bairro do Butantã e a Cidade Universitária tiveram juntos o maior volume de chuva da Capital, com 196,4 mm de água, segundo registros do CGE. Este índice corresponde à intensidade pluviométrica do mês de fevereiro inteiro. No Butantã, a parede de uma casa chegou a cair, mas ninguém se feriu, segundo a Defesa Civil.
Na Lapa, as chuvas resultaram em alagamento no entorno da Ceagesp e no cruzamento das avenidas Francisco Matarazzo e Pompéia, onde carros e ônibus ficaram boiando por horas, no domingo. O temporal também inundou o pátio de trens da CPTM e o barracão da escola de samba Pérola Negra, além de derrubar o muro do Cemitério da Lapa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário