O prefeito Gilberto Kassab (DEM) abriu licitação para viabilizar a rodoviária da Vila Sônia, cuja implantação é discutida há mais de 30 anos. O terminal deverá ter 16 plataformas e levará à desapropriação de uma área residencial e comercial de 21. 500 m2, equivalente a três campos de futebol. Só o estacionamento terá 13,6 mil m2.
As definições estão em licitação aberta este mês para contatar, por R$ 5,9 milhões, a empresa quer fará os projetos básico e executivo, o estudo de impacto ambiental e os laudos técnicos da obra.
A nova rodoviária deverá abrigar preferencialmente as linhas intermunicipais que utilizam o Rodoanel e as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares, como as que ligam a cidade ao Sul do País. Deverá também receber alguns itinerários que usam as rodovias Anchieta, Imigrantes e Castello Branco, além de conexões com cidades do entorno como Taboão da Serra, Embu, Cotia, Carapicuíba e Osasco.
A Prefeitura diz que vai investir R$ 13 milhões neste ano nos projetos das rodoviárias da Vila Sônia e Itaquera – no Orçamento, porém, colocou apenas R$ 5,5 milhões.
Obra polêmica
Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) afirma que a medida é boa porque deve tirar ônibus de vias sobrecarregadas, como a Marginal Tietê. Já para Márcia Vairoletti, da Associação de Segurança e Cidadania do Morumbi – que engloba Butantã e Vila Sônia -, a Prefeitura e o governo têm de parar de anunciar projetos e concluir os já lançados, como a Linha 4 – Amarela.
“São planos inviáveis, que causam expectativa negativa nos moradores e levam à especulação imobiliária”, diz.
Para ela, a região tem sido particularmente afetada por abrigar vários projetos, como a Linha 4, o prolongamento da Linha 17 – Ouro (Congonhas-Morumbi).
Citada pela primeira vez em 1978 na gestão de Olavo Setubal (1975-79), a nova rodoviária é uma das duas que o prefeito Gilberto Kassab pretende construir – a outra, em Itaquera (Zona Leste), ainda não tem edital.
Acho inaceitável como a prefeitura brinca com as pessoas. Acabei de comprar uma casa próxima ao local e sequer comecei o financiamento, agora vou ser desapropriada...Um pouco mais de respeito seria divulgação BEM antecipada e que não ficassemos como vítimas de exploradores e da própria prefeitura. Infelizmente não posso xingar como deveria mas imaginem...
ResponderExcluirSem tomar o fato, por um angulo de vizão egoista e colocando na balança da justça os prós e contras, fica evidente a afirmação de que o pró vence com pesso total. Sei que, não é nada facil para o governo agradar a todos e para quém pença que faço partedele, se engana, estou na mira das dezapropriações. Não podemos nos exqueder que estamos em um pais de República Democrática e que por fim, devemos analizar, mesmo que friamente que, as decisões tomadas pelo poder público (nossos representantes) dévem favorecer a maioria. Colocar um terminal Rodoviário, junto ao Metro e à importantes três vias de escoamento é defato uma idéia muito plauzivel.
ResponderExcluirPor que construir duas novas? Suponhamos que seja “para tirar ônibus das ruas”. Falácia. Os ônibus continuariam entrando e saindo da cidade do mesmo jeito, usando as mesmas marginais. O que se deve levar em conta é que novos acessos viários teriam de ser construídos para que os ônibus fossem das marginais até os terminais, aumentando o número de desapropriações e a natural degradação urbana no entorno deles - ou alguém quer morar ao lado de uma rodoviária? Cresce, por consequência, o custo final da aventura. Suponhamos, ainda, que a resposta fosse “para servir melhor os passageiros da zona sul e da zona leste da Cida”. Falácia também. Esses passageiros estão muito bem atendidos porque todos os terminais hoje em operação contam com metrô, linhas de ônibus urbanos e amplas áreas de estacionamento. Se essa argumentação ainda precisa de números, vamos a eles: hoje, apenas 6% do movimento total no terminal Tietê e 5% na Barra Funda são de ônibus para o Sul do país. Não justificariam o investimento numa nova rodoviária na Vila Sônia. No caso de Itaquera, nem números são necessários: basta olhar o mapa da cidade para ver que a proximidade com o terminal Tietê desaconselha o bom senso a inventar uma rodoviária clone naquela área. Não há notícia, no mundo, de uma cidade com cinco terminais rodoviários. Nova York tem dois. A cidade do México, dois também. Aqui, além dos três citados, ainda temos terminais em Osasco e Guarulhos, nas franjas da cidade, operando quase em agonia, devido ao baixíssimo movimento. Os mesmos problemas se verificam em São Bernardo e Santo André. A verdade é que, com os R$ 500 milhões de reais que seriam desperdiçados em duas novas e desnecessárias rodoviárias, a prefeitura poderia resolver muitos outros problemas. Com que direito a administração municipal pensa em jogar o nosso dinheiro pela janela desse jeito?
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